PPOW teste: Audi A1

Na última semana a Audi realizou o lançamento oficial do A1 no Brasil. Para conhecer e testar todo o seu potencial, o PPOW teve três contatos com o carro em diferentes ambientes: na pista montada no subsolo do edifício Brookfield Malzoni Faria Lima, no Kartódromo da Aldeia da Serra, em Barueri, e em um trecho de auto-estrada e serra cheia de curvas entre Aldeia da Serra e Pirapora do Bom Jesus.

O Audi A1 é pequeno, mas o adjetivo carrinho não pode estar associado ao carro. O modelo une toda a tecnologia e o estilo dos outros modelos da Audi, compactados para a versão menor, ao melhor estilo do carro. Com o objetivo de atrair o público jovem, o A1 está ligado ao segmento de compacto premium com grande apelo de esportividade.

O seu tamanho é de 3,95 m de comprimento, 1,74 m de largura e 1,42 m de altura, com distância entreeixos de 2,46 m. O porta-malas do compacto comporta 270 litros.

O A1 vem equipado com o motor 1.4 TFSI de 122 cavalos de potência e 20,4 kgfm de torque, com câmbio S-tronic de sete marchas e dupla embreagem. Segundo a marca alemã, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e atinge velocidade máxima de 203 km/h. O consumo médio é de 18,8 km/l entre trajetos de cidade e estrada.

O piloto de Stock Car Beto Gresse desenvolveu uma pista de mais de 1000 metros de distância a 18 metros abaixo do nível da rua, projetada no 5º e 6º subsolos do Brookfield Malzoni Faria Lima. O espaço, que irá abrigar 2.500 vagas, foi ambientalizado com iluminação especial para dar um toque de vídeo-game ao teste.

Ao pegar o elevador rumo ao subsolo era difícil imaginar o que iria acontecer. Quando chegou minha vez tive a oportunidade de fazer o teste com o próprio Beto Gresse no comando do A1, que me avisou que a brincadeira seria diferente e interessante. Coloquei o sinto de segurança e o piloto pisou fundo rumo a pista.

Com a luzes de diferentes cores marcando o trajeto, no melhor estilo “Need for Speed”, o carro e o piloto tinham que ser perfeitos nas manobras, pois qualquer deslize poderia representar a batida do carro em algum dos pilares da garagem. Em cerca de 1 minuto o teste era realizado, em meio a vários cavalo de pau e derrapagens até um ponto que o carro ficava bem inclinado em uma rampa na parede.

Ainda só na observação, deu para sentir que o carro tem ótimo equilíbrio e estabilidade.

No Kartódromo Aldeia da Serra foi a primeira vez que sentei no banco para conduzir o A1. A primeira coisa ao entrar no carro foi encontrar através dos ajustes do banco a posição mais agradável para dirigir. O volante revestido em couro tem um tamanho pequeno, mas é dotado de muita tecnologia e esportividade, com diversos comandos de controle da central multimídia e na parte de trás as “borboletas” para troca de marchas. A visibilidade do carro é muito boa, no entanto, senti um pouco de dificuldades para encontrar a melhor posição para os retrovisores.

Para ligar o carro é simples. Basta colocar o pé no freio e apertar o botão Start para o carro funcionar, independentemente de onde estiver a chave dentro do carro. Coloquei o câmbio na posição D e sai para a pista. A primeira volta andei devagar para sentir o carro e conhecer melhor o traçado da pista. Nas outras voltas já busquei tirar um melhor desempenho do carro, buscando acelerar mais e freiava bruscamente nas curvas mais fechadas, sempre tendo respostas imediatas.

O carro simplesmente confirmou o que já tinha presenciado anteriormente no teste no subsolo, tendo uma incrível estabilidade e equilíbrio.

Mas como pista é lugar de piloto, novamente Beto Gresse, me convidou para dar algumas voltas com ele no volante. É difícil até falar como um piloto profissional consegue tirar o inimaginável do carro. O A1 parecia um brinquedo em suas mãos, um verdadeiro kart para a pista. Todos os detalhes da pista eram aproveitados, as zebras não passaram em branco, os pneus cantavam sem parar e o coração a mil vendo o A1 quase a decolar. Um verdadeiro teste para cardíaco.

Com um pouco de “experiência” no comando do A1, o próximo desafio foi fazer um trecho de auto-estrada e serra de cerca de 100 km entre ida e volta, de Aldeia da Serra até Pirapora do Bom Jesus.

Em comboio saímos rumo a Rodovia Castello Branco para sentir como o carro se comporta em ambientes rotineiros. Apesar de pequeno, o carro possui um ótimo desempenho em auto-estrada, o motor 1.4 TFSI esbanja potência e como o ruído dentro do carro é muito baixo é preciso tomar muito cuidado com a velocidade, pois quando mais potência é pedida, mais ele entrega.

No trecho sinuoso de serra em Pirapora do Bom Jesus foi possível sentir ainda mais o carro. Mesmo com muitas curvas fechadas e trechos com pouca visibilidade, o carro se comporta muito bem, com muita estabilidade.

O modelo chega ao mercado com o preço sugerido de R$ 89.900, sendo o primeiro concorrente direto do britânico MINI Cooper, da BMW.