Lugar historicamente privilegiado da vanguarda e do experimentalismo no país, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro viu nascer parte considerável de nossos movimentos artísticos e lançou muitos de nossos artistas mais importantes.
Do Grupo Frente (1954), formado a partir da primeira turma de adultos de Ivan Serpa no MAM, ao Neoconcretismo (1959); do Ateliê de Gravura (1959) à Nova Objetividade Brasileira (1967), passando pelas exposições “Opinião 65” e “Opinião 66”; das mostras Resumo JB (1964- 1972) aos Salões de Verão (1969- 1974); dos Domingos da Criação (1971) à Área Experimental (1975- 1976), foram incontáveis os eventos e os artistas que pelo MAM passaram, ou nele tiveram uma referência fundamental para o florescimento de suas obras.
Obra máxima de seu criador, o arquiteto carioca Affonso Eduardo Reidy (1909-1964) – um dos maiores nomes da arquitetura brasileira -, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro situa-se no Parque do Flamengo, em um cenário privilegiado.
Pensado para dialogar com a paisagem – a horizontalidade da composição para fazer frente ao perfil dos morros cariocas -, as fachadas envidraçadas, trazendo para o interior o paisagismo de Burle Marx, o projeto de Reidy apresenta-se racionalista e plástico a um só tempo. Não há distância entre a estrutura e a aparência final. Os vãos livres têm um fim prático: a liberdade de composição oferecida ao espaço expositivo, o convite ao jardim no plano térreo. Do cuidado com o concreto aparente à escolha dos granitos e pedras portuguesas, o projeto ganha o parque.
Formado inicialmente ao longo dos anos 40 e 50 por inúmeras doações de artistas, empresários e algumas instituições oficiais, o acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro constituiu-se uma das coleções de arte do século XX mais importantes no país. Apresentando um panorama completo e sofisticado da evolução artística de nosso século, dentro e fora do Brasil.
A coleção partia do cubismo e avançava pelo futurismo, surrealismo, dada e demais vanguardas históricas do início deste século, até o que de mais atual ocorria no cenário internacional durante os primeiros decênios de sua segunda metade.
Durante três décadas, a maioria dos artistas brasileiros de destaque teve no MAM não somente seu palco de ação mais imediato e visível: aqui estavam fartamente representados e eram permanentemente vistos pelo público.
Serviço:
Tel.: (21) 2240-4944
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 – Pq do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ
Funcionamento: ter – sex 12h – 18h sab-dom e feriados 12h – 19h. A bilheteria fecha 30minutos antes do término do horário de visitação.