Natal incomum

Um roteiro através das celebrações de Natal mais incomuns do mundo

Hoje em dia, esta celebração adquiriu uma série de ritos populares, como o Jantar de Natal, a montagem de presépios retratando o nascimento de Cristo, o canto dos hinos, a decoração da árvore de Natal ou troca de presentes entre familiares.

Mas, longe das fronteiras próximas, onde o Natal ainda é produto de um conjunto de antigas tradições gregas e romanas, rituais católicos e costumes, é possível encontrar um lugar especial para viajar e descobrir as tradições em férias extraordinárias. São poucos os lugares no mundo que ignoraram um dos feriados mais esperados do ano.

Guatemala

As festividades começam no dia 7 de dezembro com a “Burning of the Devil”, onde as pessoas buscam em suas casas materiais que não usam mais e fazem uma fogueira para eliminar a negatividade da casa.

Lituânia

Usam três pratos para o jantar: abaixo do primeiro é colocado um anel, abaixo do segundo uma moeda, e, abaixo do terceiro uma chave. Os convidados devem misturar os pratos e depois levantar um deles. Se pegar a chave, o Ano Novo te trará uma casa. Se for o anel é sinal de casamento ou um novo amor. E, se for a moeda não faltará dinheiro e bons negócios.

Geórgia

Tem a sua própria árvore de Natal popular, conhecida como “Chichilaki”, feita com ramos de avelã para representar a “Árvore da Vida” e decorada com frutas e doces. O Papai Noel é conhecido como “Papa tovlis” que significa ” Vovô neve “.

Venezuela

A “patinada” são celebrações públicas feitas nas avenidas fechadas ao tráfego na época de Natal para que crianças e adultos possam curtir a festa. A “patinada” é um feriado famoso resultado da transformação das celebrações que foram realizadas na temporada de férias nos anos cinquenta, quando todas as pessoas saíram para comemorar o Natal com bebidas, luzes e alimentos. Todas as famílias se reuniam nas ruas para assistir missas e celebrações típicas do Natal. A tradição continuou e a “patinada” se tornou famosa com o passar dos anos. Durante todo o mês de dezembro, em todos os cantos da Venezuela, tem uma “patinada”.

Al’Aziziyah (na Líbia)

Para os habitantes, a festa tem valor de um esporte radical. Os Al’Aziziyahcinos se reúnem em torno de uma farta mesa com iguarias: gordura suína, azeite, amêndoas cristalizadas na margarina e pães recheados, entre muitos outros alimentos. Um cardápio típico do lugar que tem cerca de 36.000 calorias. O convidado deve repetir este cardápio por sete vezes, se não quiser ser considerado afeminado ou se quiser evitar um conflito tribal. Alguns antropólogos dizem que muitos foliões morrem durante as festas de Natal.

República Checa

Durante a noite de 24 de dezembro, véspera de Natal, as mulheres solteiras participam de uma tradição que supostamente prevê o estado civil no próximo ano. Elas tiram o sapato, ficam de costas para a porta e o jogam sobre seus ombros. Se o sapato cair com a ponta virada para a porta, dizem que quem jogou vai se casar no ano seguinte. Aquelas que o sapato cair com o salto voltado para a porta devem esperar pelo menos 12 meses pelo tão desejado anel de casamento.

Japão

O envio de cartões de Natal em que o vermelho é a cor predominante pode ser popular em muitas partes do mundo, mas no Japão é considerado de mau gosto já que eles enviam suas notas fúnebres em cartões vermelhos. Embora este seja um país tipicamente budista, a partir do século XX, o Natal é celebrado para marcar a fabricação de enfeites de Natal. A celebração carece de uma conotação religiosa cristã, mas comemora a unidade e o amor entre as famílias. As cidades são decoradas com luzes e decorações de Natal. O 24 de Dezembro coincide com o Dia dos Namorados e se celebra com um jantar especial onde as crianças também recebem presentes de Hoteiosho, um bem-humorado deus budista que tem olhos atrás da cabeça para ver se as crianças têm sido obedientes durante todo o ano.

Itália

Enquanto na maioria dos países é o Papai Noel que distribui presentes no Natal, o folclore da Itália coloca uma amável e velha bruxa chamada de “La Befana”, como a figura que distribui presentes para as crianças. A bruxa Befana é uma figura típica em grande parte da Itália. Seu nome vem da palavra “epifania”, festival italiano religioso da época de Natal. Segundo a tradição, a Befana visita as casas das crianças da Itália na noite de 5 para 6 de janeiro cavalgando sua vassoura para encher as meias com presentes e doces para as crianças que foram comportadas, ou um carvão para as que se comportaram mal. De acordo com a lenda da Befana, os Reis Magos se perderam no caminho para Belém quando levavam os presentes ao menino Jesus e pediram a ajuda de uma velha para guiá-los ao longo do caminho. Apesar dos apelos dos Magos para ajudá-los, a velha não concordou e ficou em casa. Depois de pensar melhor, a velha lamentou não ter acompanhado os Magos e preparou uma cesta com vários doces e saiu em busca dos Reis Magos. Ao não encontrá-los, a velha foi parando de casa em casa e deixando os doces confiando que um deles era o Menino Jesus.

Libéria

Na Costa Oeste da África, a maioria das casas tem uma palma de óleo como árvore de Natal que é decorada com sinos. Durante a manhã de Natal, as pessoas são acordadas com cânticos e a Igreja celebra a festa com apresentações, hinos e cânticos. O jantar é realizado ao ar livre com todos os convidados sentados em círculo para compartilhar a refeição, composta de carne, arroz e biscoitos. Os jogos são disputados durante a tarde, e fogos de artifício iluminam o céu.

Brahamaya (Índia)

Sabemos da devoção do povo indiano pela vaca, cujo caráter é sagrado e que ela também é caprichosa. É venerada diariamente e têm um lugar sagrado nos rituais da família. A vaca não pode ser incomodada, e você deve respeitar suas excentricidades. Na época do Natal que celebramos o casamento do Drhama, Deus vaca, única divindade zoofílica viva. As famílias são responsáveis por essas celebrações. Durante o 24 de dezembro, as vacas são maquiadas com mau gosto, disfarçadas de prostitutas e desfilam em cima de carros.

Groenlândia

O prato de Natal na Groenlândia é o Kiviak feito com carne crua de mergulhão (uma ave aquática), que é enterrada embrulhada em pele de foca por vários meses até que chegar a um estado avançado de decomposição. Supostamente cheira a queijo azul e o gosto é muito forte.

Ucrânia

Árvores de Natal, bem decoradas com todos os elementos clássicos imagináveis, acrescentou um elemento inusitado. Segundo a lenda, uma viúva pobre que não podia pagar a decoração da árvore da família ficou acordada até encontrar uma teia de aranha na sua árvore de Natal e assim a embelezar, permitindo ter um Natal feliz e próspero. E, assim entre guirlandas e luzes, as árvores ucranianas escondem uma aranha e teia artificiais que dão sorte para quem as encontra.

África do Sul

O Natal na África do Sul coincide com o verão e é comemorado na praia aproveitando o sol, montanhas e rios. As escolas estão fechadas e todos vão para o camping. Na África do Sul não há neve, mas uma variedade de flores silvestres. Eles se orgulham do colorido ao decorar as aldeias. As casas são decoradas com ramos de pinheiro e a árvore de Natal em um canto da casa com presentes para as crianças. Na hora de dormir na véspera de Natal, as crianças podem pendurar suas meias para receber os presentes do Papai Noel.

Áustria

Dezembro é também um momento especial para educar as crianças. Tradicionalmente, os jovens na Áustria se disfarçam de “Krampus”, um demônio com sinos e paus, que normalmente acompanha “Nikolaus” (San Nicolas). Enquanto um chega com presentes para as crianças boas, Krampus ameaça e castiga os desobedientes, às vezes carrega as crianças desobedientes em sua cesta para ser lançada no abismo do inferno.

As variadas dicas de Natal ao redor do mundo foram dadas pelo hotel.info, serviço de reservas hoteleiras com mais de 210.000 hotéis em todo o mundo, que propõe resgatar a história e a tradição com uma viagem pelos rituais e costumes natalinos mais inusitados.