Pela primeira vez o PPOW lança uma resenha com os melhores vinhos degustados pelo seu colunista Luiz Gastão Bolonhez
Estamos listando abaixo, em diversas categorias, os melhores vinhos degustados em de 2012.
Nosso dia a dia é de muita consulta por parte dos leitores e amigos e essa lista visa responder perguntas, tais como: “O que você me sugere de Champagne”? “Qual o melhor tinto da Borgonha para uma grande celebração”? Etc., etc.
Foram inúmeros eventos organizados pelas mais importantes importadoras do Brasil, muitos almoços e jantares com amigos e várias viagens pelos três continentes, mais notadamente EUA, América do Sul e Europa.
Decidimos elencar os destaques por países ao invés, por exemplo, de castas. Contudo, para os países de maior expressão como França e Itália, abrimos por região, pois esses países são os que mais vinhos de alta gama produzem.
E desse material nasceu o TOP 2012 que iremos publicar em três edições. Na primeira semana, vamos falar somente dos vinhos do Velho Mundo, ou seja, da Europa. Na semana que entra vamos falar de Champagne, já apontando para as festas de final de ano e, na outra semana, e por último, vamos falar dos melhores vinhos do Novo Mundo.
Alguns fatos que merecem destaque em 2012 são:
1º) Fizemos duas horizontais de Bordeaux esse ano. Uma da safra 1990 e outra da safra 1982, ambas publicadas no PPOW. Nessas duas horizontais tivemos os melhores vinhos da Região. Não como há como negar a superioridade da safra mais nova, a 1990. O exemplo maior foi o Chateau Margaux, que degustamos tanto a safra 1990 quanto 1982. Na horizontal de 1990 o Margaux foi eleito unânime pelos oito degustadores como o melhor, enquanto que o 1982 amargou um 4º lugar entre sete vinhos à mesa. Nessa degustação de 1982 brilhou o vinho mais barato do painel, o Phelán Segur. Uma verdadeira surpresa. No caso da horizontal de 1982 meu escolhido foi o espetacular Chateau Pichon Lalande. Na comemoração dos 30 anos da safra 1982 podemos concluir que devemos começar a beber todas as garrafas dessa safra, visto que aparentemente todos os vinhos já estão em seu pico.
2º) Tanto em Bordeaux, quanto na Borgonha e ainda no Rhone, a safra 2009 brilhou muito. Tanto brancos como tintos excederam. Talvez a mais aclamada safra dos últimos anos, principalmente para quem não quer esperar muito para degustar um grande vinho.
3º) Tivemos um ano de grandes eventos. O Brasil recebeu pela 1ª vez a Union des Grands Crus de Bordeuax, que realizou um espetacular evento no Grand Hyatt em São Paulo. Esse foi o mais completo evento do ano, seguido por uma caravana do Piemonte, que de maneira impecável reuniu jornalistas e especialistas em um extraordinário tasting no Hotel Unique, também em São Paulo.
4º) Os vinhos do Velho Mundo continuam brilhando, mas a cada dia a distância que antes era grande diminui, pois os vinhos do Novo Mundo estão melhores dia após dia.
5º) As degustações às cegas continuam sendo um grande exercício de humildade e tem nos ajudado muito a entender ‘as complexidades do vinho’.
6º) Os Brancos secos da Borgonha estão cada vez melhores e nesse caso vão se distanciando do resto do mundo nos vinhos de alta gama.
7º) Diferentemente da Itália, que ainda presencia uma deliciosa e acirrada disputa entre Piemonte e Toscana pela produção dos melhores vinhos, na Espanha, esse ano, reinou a Ribera de Duero, que superou de longe os grandes tintos da Rioja.
8º) Portugal coloca no mercado a cada dia que passa melhores vinhos. O Douro é de todas as regiões vitivinícolas do mundo a que melhores resultados colheu em um menor espaço de tempo.
As categorias seguem a ordem: nome do vinho seguido da região, pontuação e importador no Brasil. Vamos lá:
Melhores Tintos Franceses – Bordeaux
1º Chateau Margaux 1990 – Bordeaux – 99 pontos – sem importador exclusivo;
2º Chateau L’Angelus 2009 – Bordeaux – 98 pontos – sem importador exclusivo;
3º Chateau Ducru-Beaucaillou 2005 – 97 pontos – Bordeaux – sem importador exclusivo;
Melhores Tintos Franceses – Borgonha
1º Denis Mortet Chambertin 2006 – Borgonha – 98 pontos – WorldWine;
2º Domaine Anne Gros Clos de Vougeot Le Grand Maupertui 2003 – Borgonha – 95 pontos – sem importador no Brasil;
3º Philippe Pacalet Charmes-Chambertin Grand Cru 2008 – 95 pontos – Borgonha – WorldWine;
Melhores Tintos Franceses – Rhone
1º Delas Freres Hermitage Domaine de Tourettes 2009 – Rhone – 98 pontos – Grand Cru;
2º Michel Chapoutier Hermitage Le Pavillon 2009 – Rhone – 98 pontos – Mistral;
3º Auguste Clape Cornas 2000 – 95 pontos – Rhone – Mistral;
Melhores Brancos Franceses
1º Domaine Coche-Dury Meursault-Genevrières 2008 – Borgonha – 98 Pontos – Sem Importador no Brasil;
2º Michel Chapoutier Les Granits Blanc 2009 – Rhone – 98 pontos – Mistral;
3º Chateau Smith Haut-Lafite 2009 – 96 – Bordeaux – sem importador exclusivo;
Melhores Tintos Italianos – Piemonte
1º Roberto Voerzio Riserva Vecchie Viti dei Capalot e dele Brunate 2000 (Magnum) – Piemonte – 97 pontos – WorldWine;
2º Vietti Barolo Villero 2001 – Piemonte- 96 pontos – Mistral;
3º Paolo Scavino Barolo Bric del Fiasc 2007 – Piemonte – 95 pontos – sem importado no Brasil em setembro de 2012;
Melhores Tintos Italianos – Toscana
1º Tua Rita Redigafi 2008 – Toscana – 97 pontos – WorldWine;
2º Antinori Solaia 1997– Toscana – 97 pontos – WineBrands;
3º Castello di Ama Vigna L’Apparita 2007 – Toscana – 97 pontos – Mistral;
Melhores Tintos Espanhóis
1º Hermanos Sastre Pesus 2006 – Ribera del Duero – 99 pontos – Península;
2º Bodegas y Viñedos Aalto AAlto PS 2006 – Ribera del Duero – 97 pontos – Península;
3º Bodegs y Viñedos Vega Sicilia 1981 – Ribera del Duero – 97 pontos – Mistral;
Melhores Tintos Portugueses
1º Quinta do Vallado Adelaide 2007– Douro – 97 pontos – Cantu;
2º Quinta do Crasto Vinha da Ponte 2004 – Douro – 97 pontos – Qualimpor;
3º Wine & Soul Pintas 2009 – Douro – 95 pontos – Adega Alentejana;
Melhores Brancos Europeus (não considerando França)
1º Franz Hirtzberger Honivogl Grüner Veltliner Smaragd 2004 – Aústria/Wachau – 94 pontos – sem importador no Brasil;
2º Quinta do Monte D’Oiro Madrigal Viognier 2009 – Portugal/Estremadura – 93 Pontos – Mistral;
3º Anselmo Mendes Alvarinho Curtimenta 2009 – Portugal/Minho – 93 Pontos – Decanter;
Melhores Tintos ‘Custo x Benefício’ do Velho Mundo
1º Volpe Pasini Merlot Focus 2004 – Itália/Friuli – 94 pontos – WorldWine;
2º Castello de Fonterutoli Chianti Classico 2009 – França/Loire – 92 pontos – Expand;
3º Couly-Dutheil Chinon Baronie Madaleine 2009 – França/Loire – 92 pontos – Decanter;
Melhores Doces Não Fortificados
1º Chateau D’Yquem 1988 – Bordeaux/Sauternes – 98 pontos – sem importador exclusivo;
2º Domaine Weinbach Riesling Schlossberg L’Inedit 1998 (magmum) – Alsácia – 95 pontos – Grand Cru;
3º Chateau Suduiraut 2009 – Bordeaux/Sauternes – 95 Pontos – sem importador exclusivo;
Melhores Doces Fortificados
1º Quinta do Noval Tawny 40 anos – Porto – 95 pontos – Adega Alentejana;
2º Quinta do Noval Vintage 2007 – Porto – 95 pontos – Adega Alentejana;
3º Quinta do Vale Dna Maria Vintage Port 1999 – Porto – 94 Pontos – Vinhos Sul.
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