O maestro João Carlos Martins ocupa um lugar ímpar no cenário musical brasileiro, tendo sido considerado um dos maiores interpretes de Bach do século XX pela crítica internacional, do qual registrou a obra completa para teclado.
João Carlos Martins nasceu em São Paulo, no dia 25 de junho de 1940 e iniciou seus estudos de piano aos oito anos com o professor José Kliass, aos treze iniciou a sua carreira no Brasil e aos dezoito no exterior.
Seus concertos no Carnegie Hall, após a sua estreia aos 21 anos em apresentação patrocinada por Eleanor Roosevelt, sempre tiveram lotação esgotada.
Suas gravações estiveram muitas vezes entre as mais vendidas e jornais como New York Times, Washington Post e Los Angeles Times sempre dedicaram reportagens entusiasmadas pela sua personalidade artística. Clique na imagem abaixo e conheça sua discografia completa.
Abandonou definitivamente os palcos como pianista no ano de 2002 por problemas físicos.
É o único músico brasileiro que teve a sua vida registrada por cineastas europeus por duas vezes, Die Martin’s Passion, uma co-produção franco-alemã dirigida por Irene Langman, assistido por mais de um milhão e meio de pessoas na Europa e vencedor de vários festivais internacionais, e Revêrie dos cineastas belgas Johan Kenivé e Tim Herman.
Há seis anos iniciou os seus estudos de regência. Apresentou-se com sucesso em Londres, Paris e Bruxelas como regente convidado, imprimindo em suas interpretações a mesma dinâmica que o fez quando pianista.
Há cinco anos, o maestro João Carlos Martins fundou a Bachiana Filarmônica e desenvolveu um trabalho com adolescentes através da sua Bachiana Jovem. Criou a Fundação Bachiana, cujo tema é a arte e sustentabilidade. As orquestras foram unificadas e formam a Filarmônica Bachiana SESI-SP.
Para se criar uma orquestra é preciso um toque de inspiração e um sopro de ousadia, mas sua continuidade depende de dois fatores: um ideal e uma origem definida. Assim surgiu a Bachiana Chamber Orchestra e, pela denominação, deixa muito claro seus objetivos. Clique na imagem a seguir e conheça mais sobre a Fundação Bachiana.
Hoje, aos 71 anos, construiu uma sólida carreira com a sua Bachiana Filarmônica SESI-SP, a primeira orquestra brasileira a se apresentar em janeiro de 2007 no Carnegie Hall, feito repetido em 2008.
João Carlos Martins e sua Bachiana retornaram a Nova York em 2009 e 2010, desta vez no Lincoln Center, levando mais uma vez o nome do Brasil para plateias internacionais. Em 2011 voltou aos Estados Unidos, com concertos no Broward Center em Fort Lauderdale, e no Avery Fisher Hall do Lincoln Center em Nova York, levando desta vez como convidados ritmistas da Escola de Samba Vai-Vai, e juntos mostraram em concertos emocionantes, a influência africana e sua contribuição definitiva para os africanos, quando escravizados no Brasil, contribuíram definitivamente para a formação de nossa identidade musical.
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Fotos: Reprodução