Três festivais animam a semana cultural: o Festival Internacional Sesc de Circo, o Festival O Boticário na Dança, e o Festival Varilux de Cinema Francês. O primeiro se espalha por sete endereços do Sesc, no centro, bairros e arredores de São Paulo, de 2 a 12 de maio, com grupos circenses da França, Austrália, Canadá, Espanha e Itália, e mais doze grupos nacionais. A programação completa está no site sescsp.org.br. O Festival de Dança está em sua primeira edição, e fica no Auditório Ibirapuera até o dia 6, com a participação de grupos de dança da Eslovênia, Inglaterra, Bélgica, e a companhia de Shen Wei, chinês responsável pela coreografia da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, que tem sede em Nova York. Todos vêm pela primeira vez ao Brasil. O festival segue para Rio e Curitiba, e a programação está no site oboticarionadanca.com.br. E o festival de cinema se instalou ontem no Espaço Itaú de Cinema Augusta, com a presença de diretores e atores da França, e uma programação que vai até o dia 16, e atingirá 45 cidades e 80 salas. A programação está em variluxcinefrances.com.
Há muita música, também, na agenda da semana. O Teatro Municipal coloca em cena hoje, como parte de sua temporada lírica, a ópera/espetáculo Ça Ira – Há Esperança, criada por Roger Waters, ex-integrante do Pink Floyd, inspirado na Revolução Francesa. Ele mesmo diz que não se trata de uma ópera rock, mas de uma ópera tradicional com música contemporânea, inspirada em Brahms, Beethoven e Puccini.
O mote é a liberdade. A montagem paulista é de André Heller Lopes, um especialista, que por sua vez se inspirou em Artur Bispo do Rosário. Direção musical do maestro inglês Rick Wentworth. Hoje, sábado e nos dias 7 e 9.
O Centro Cultural Banco do Brasil, no centro, colocou em cena, na terça,o musical Vingança, inspirado na obra de Lupicínio Rodrigues, famoso por suas belas melodias e letras dramáticas, falando sobre bohemia e desencontros amorosos. Só para dar uma ideia, o termo dor de cotovelo teria sido inventado por ele. E Vingança é um de seus títulos mais famosos. A criação é de Anna Toledo, a direção musical é de Guilherme Terra e a direção é de André Dias. Cenários e figurinos de Fábio Namatame. Seis atores em cena, incluindo a autora, e quatro músicos levam ao palco o universo e o clima das canções atemporais do compositor gaúcho. Até 4 de julho, às terças, quartas e quintas.
Finalmente, a Cultura Artística promove, nos dias 6 e 7, na Sala São Paulo, um encontro do violoncelista franco-chinês Yo Yo Ma com a pianista inglesa Kathryn Stott. Yo Yo Ma, que tem vindo ao Brasil com frequência dado o sucesso que faz por aqui, é hoje considerado o maior intérprete do instrumento. Ele e Stott formam, há dez anos, um duo de câmera. Têm um disco gravado em conjunto, e ela participou de praticamente todos os discos dele, incluindo o que se chama Obrigado Brasil. Aqui eles apresentam um programa bem variado, que inclui Stravinsky, Villa Lobos, Guarnieri, Piazzola, e de Falla, na primeira parte, e Messiaen e Brahms, na segunda. É claro que os ingressos estão praticamente esgotados.
