Pensamentos de calma e tranquilidade atraem forças cósmicas poderosas para nos colocar em equilíbrio
Os extremos estão presentes em nossa vida mais frequentemente do que gostaríamos. Nossas obrigações diárias nos colocam em situações de alerta, as quais fazem com que nosso sistema interno esteja sempre em estresse.
Tentar controlar emoções e acessos exacerbados, seja de raiva ou de bom humor, pode nos levar ao desajuste e descontrole internos. Muitas vezes tentamos contornar isso tomando medicação e, assim, entramos em um círculo que não tem fim, levando por um caminho muito perigoso para nossa saúde.
Não temos a exata noção do quão nocivos são esses desajustes emocionais e os efeitos que podem causar ao nosso corpo. E, embora no momento possamos não senti-los, futuramente eles poderão se manifestar de diversas formas.
Nossa vida é feita de ações. Todo o tempo temos que agir. Nossas escolhas determinam nossas vidas e através delas recebemos seus frutos, muitas vezes não tão saborosos quanto gostaríamos que fossem. Mas um estado harmonioso e equilibrado começa a se manifestar em nós, como uma sabedoria interna do corpo. Um sistema próprio de alarme funciona quando algo ocorre como se fosse um curto-circuito. Nosso corpo físico é o primeiro a dar sinais como cansaço, fadiga, dores, tristeza, ansiedade etc.
Existem varias técnicas que podemos aplicar para driblar esses estados e trazer o nosso ser interno para um estado de bem estar. Entre elas, uma que é bem interessante e muito simples para ser aplicada na nossa rotina diária. Segundo ensinam os budistas, faça uma pequena pausa e olhe para o problema de frente. Logo em seguida procure aceitar o que está acontecendo sem tentar impor qualquer pensamento ao problema. Respire fundo…
Uma atitude simples diante das adversidades pode dissolver muita coisa. Tentar não interferir buscando soluções já e uma boa alternativa em um primeiro momento. Pensamentos de calma e tranquilidade atraem para nós forças cósmicas poderosas para nos auxiliar a resolver nossas dificuldades. É um trabalho de formiguinha, já dizia minha amiga e mestra, Cyrenia. E realmente é.
Um passo de cada vez, praticando paciência, resiliência. Muitas vezes voltamos um ou dois passos para trás para, então, novamente, nos colocarmos no caminho, fortes e determinados.
Hari Om.
* Roda da Vida Tibetana – Representa os ciclos (karmas) intermináveis de Samsara, ou impermanência. A roda é dominada pela divindade Yama, devoradora, que reforça esse conceito. Fora da roda, o Buda em pé sobre uma nuvem mostra o caminho para a liberação do Samsara através da iluminação. Em suma, a Roda da Vida ilustra a essência das quatro verdades budistas: a existência terrena do sofrimento, sua origem e causa, o fim ou a prevenção da miséria e a prática do caminho para a libertação do sofrimento.
Na próxima semana, “O poder da respiração”