Primeiro disco de Tibério Azul é estranho de definir um estilo, mas é delicioso

Veja só que mistura estranha: com batidas instrumentais diversas, algo eletrônico bem suave aqui, instrumentos de sopro, percussão, cordas e um estilo que parece misturar o frevo acolá, uma pitada de rock e de folk e indie, Bandarra, como a música “Abóbora” mostra, é algo indefinível – mas delicioso. Ainda mais com crianças tentando definir o significado de uma palavra estranha.

Tibério Azul

Lançado no final de 2012, o primeiro disco solo de Tibério Azul é daquele tipo de trabalho ame ou odeie, mas não tem como odiar algo que parece completar musicalmente a nossa alma. Tem trabalho que faz isso, né? Com Bandarra, certeza que isso é real. Tibério é, usando o nome de uma de suas músicas, um “Alquimista Tupi”, já que essa mistura de ritmos, letras e versos poderia sair errado. O bom é que dá tudo muito certo – mais certo do que a gente imagina.

Alquimista Tupi

Se você pega, por exemplo, “De Onde Eu Sou”, o ritmo frenético (frevo, rock, folk?) e a letra ritmada e poética tenta revelar quem o tal do eu-lírico é. É uma música de descobertas, de revelações.

O legal de Bandarra é que o ritmo e a musicalidade se confrontam e não se repetem; se na música “Vamos Ficar Sol” ele começa de modo melancólico e “alternativo” (lembra muito algumas composições indie), logo em seguida “Veja Só” faz uso de vários instrumentos de sopro como saxofone, trompetes e companhia, mudando por completo o estilo do disco.

Por isso, como a gente percebe em “Abóbora”, Bandarra é algo indefinível. Mas é algo de qualidade, é algo bonito, é algo artístico, é algo marcante. É igual a vida: marcante, cheio de surpresas e novo. E esse trecho exemplifica muito bem o que é o disco:

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E eu que pensei que fosse o fim

Tudo o que tinha eu revi

Mas minha alma ficou

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Clique na imagem abaixo e baixe o disco – de graça – na página oficial do cantor

Alquimista Tupi

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