OBRAS DO ARTISTA PLÁSTICO LUIZ AQUILA SÃO ROUBADAS EM BONSUCESSO

O artista plástico Luiz Aquila acaba de ser vítima da violência do Rio de Janeiro.

Aquila, que se prepara para a abertura da exposição Minhas Aventuras na Arte em Brasília no dia 24/11, terça-feira, contratou a transportadora Pontual Cargas para levar as 14 pinturas sobre telas, mais seis desenhos, cinco pinturas sobre papel e uma grande tela Canteiro de Obras, que ele chama “obra em aberto”, no tamanho 1,57 x 17,96, que serão expostos na Galeria Vitrine da Caixa Cultural no Distrito Federal.  A carga foi roubada ontem, terça-feira, dia 17/11, em Bonsucesso perto da filial da empresa.

Ao todo, onze trabalhos foram retirados do caminhão, incluindo os desenhos, as pinturas sobre papel e o quadro Canteiro de obra, um dos maiores trabalhos de Áquila. Além das obras, outras mercadorias também foram roubadas. O veículo foi encontrado no mesmo dia na Avenida Brasil, mas ainda não se tem pistas sobre os ladrões.

Como outras mercadorias também foram roubadas do caminhão, como material da Fiocruz, o artista acredita que não sejam ladrões especializados em roubo de obras de arte e torce para que estes seus trabalhos sejam recuperados. O artista vai, mesmo assim, manter a exposição, usando reproduções desta obras, só que em PB, como um manifesto contra esta violência.

Transportadora Pontual: 21- 3578-1400

Luiz Aquila

Chamado “pai da geração 80” e dono de uma identidade inconfundível, Luiz Aquila da Rocha Miranda, de 66 anos, sempre atuou como artista, intelectual e professor, na defesa da pluralidade e da liberdade do artista. Ao longo de mais de cinqüenta anos de carreira, tem se mantido atuante na arte brasileira, enfrentando – com as ferramentas tradicionais da pintura – as pirotecnias e modismos das chamadas artes visuais.

Filho do arquiteto Alcides da Rocha Miranda, fundador da Universidade de Brasília junto com Darcy Ribeiro, Oscar Niemeyer e Anísio Teixeira, Aquila desde muito jovem se interessou pelas artes plásticas, o que o levou a ter aulas de pintura e xilogravura, quando o artista tinha 16 anos de idade, com os mestres Aluísio Carvão e Oswaldo Goeldi no Rio de Janeiro. Cerca de três anos depois, se mudou para Brasília, onde freqüentou alguns cursos no Instituto de Arte e Arquitetura da Universidade de Brasília (UNB). Sua dedicação resultou, em 1965, numa bolsa do governo francês para morar na Cité International des Arts, em Paris. Nesse mesmo ano, viajou para Lisboa, onde trabalhou na Sociedade de Gravadores Portugueses e permaneceu até 1968.

Foi neste ano que voltou ao Brasil para se tornar professor de desenho e plástica da UNB, função que exerceu até 1972, quando recebeu uma bolsa do Conselho Britânico para estudar litografia na Slade School of Fine Art. Vale lembrar que foi também em 1968 que Luiz Aquila realizou sua primeira exposição, na Galeria 111, em Lisboa.

Já em 1978 coordenou o Centro de Criatividade de Brasília e expôs na 27ª Bienal de Veneza. Entre 1979 e 1986 ensinou pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que participou das 17ª, 18ª e 20ª Bienal Internacional de São Paulo. Ainda no Rio de Janeiro trabalhou no Museu de Arte Moderna, no início da década de 90. Em 2008 participou da coletiva After School, em Bruxelas, Berlim e Roma, da Exposição Núcleos Contemporâneos na Galeria Valu Oria, individual na Galeria Marcia Barrozo do Amaral e no Paço Imperial – Rio de Janeiro, e da coletiva MOYA em Viena. Em 2009, participou da exposição coletiva After School no MUBE em São Paulo e, no mês passado, expôs suas pinturas recentes na Valu Oria Galeria de Arte também na capital paulista, como citamos anteriormente.

Atualmente mantém um estúdio no Rio e um grande ateliê-residência em Petrópolis – RJ.

Debs Comunicações – Mary Debs

21- 2255-0285 / 3208-2093 / 9763-6133