Bicicleta é feita de fibra de carbono, seguindo o princípio de construção ultra-leve da Audi
A Audi apresentou ontem, 16, em Caríntia, na Áustria, uma máquina esportiva extremamente emocional: a e-bike Wörthersee. O protótipo combina um propulsor elétrico com a força muscular humana. Wolfgang Egger, chefe de design da AUDI AG, comenta: “Como uma e-bike de alto desempenho para o esporte e para acrobacias, a bicicleta combina as competências chave da Audi: design, as tecnologias ultra, e-tron e connect”.
O dinamismo da bicicleta protótipo é totalmente visível logo à primeira vista. “Ao desenvolver a Audi e-bike Wörthersee, nos inspiramos nos princípios de design da marca no automobilismo”, explica Hendrik Schaefers, designer do Concept Studio, de Munique. “A e-bike é incrivelmente precisa, altamente emocional e extremamente funcional. A funcionalidade do equipamento esportivo foi o foco do projeto. Por isso, todos os elementos de design estão alinhados à características técnicas”, completa.
A estrutura arejada do quadro proporciona um centro de gravidade baixo e um volume compacto. Dessa forma, a e-bike é especialmente ágil em situações extremamente esportivas. A bateria de ions de lítio fica instalada no quadro e precisa de duas horas e meia para ser completamente carregada. Em passeios longos, o ciclista, com rápidos e simples procedimentos, consegue remover e substituir a bateria por uma carregada.
O quadro e o braço oscilante que mantém a roda traseira são de fibras de carbono (CFRP). O mesmo material é utilizado nas rodas aro 26, que apresentam o inovador “Audi ultra-lâmina” design com raios amplos e planos. “Na escolha dos materiais, fomos capazes de mostrar o quão interligados estão o design e a nossa competência tecnológica de construção ultra-leve”, comenta Hendrik Schaefers.
Homogêneas tiras de luz em LED completam as estruturas do quadro e podem ser identificadas à primeira vista, assim como a assinatura de luzes da Audi, característica nos veículos da marca. Para manobras extremas, o assento pode ser integrado à estrutura do quadro. Ao pressionar um botão, o banco volta imediatamente à posição original e o motociclista pode pedalar em uma posição confortável.
Os diferentes modos de condução e inúmeras outras funções podem ser definidas através de um simples toque na tela touchscreen do computador de bordo da bicicleta. O ciclista pode ainda conectar seu smartphone com o computador via wireless. Dessa forma, por exemplo, ele pode desativar o imobilizador quando começar a pedalar. As imagens de vídeo, registradas via câmera no capacete, são enviadas para a Internet em tempo real por intermédio do smartphone. Para cada manobra realizada com sucesso, são atribuídos pontos ao ciclista. Conforme o número de pontos aumenta, ele recebe prêmios e o nível de dificuldade também cresce. Através de um ranking geral na internet, é possível competir com outros participantes e amigos. A localização dos adversários, por sua vez, fica disponível para o ciclista através das mensagens de status do Facebook, que são exibidas na tela da e-bike Wörthersee da Audi.
Através de seu smartphone ou diretamente na e-bike, o ciclista pode escolher ao todo entre cinco diferentes modos de condução: apenas por força humana, totalmente elétrica ou pedalar com o suporte do propulsor elétrico. No modo “Pure”, a força motriz da bicicleta depende totalmente das pernas do ciclista. Já no modo “Pedelec”, as pedaladas são suportadas pelo motor elétrico. A bicileta pode atingir uma velocidade de até 80 km/h e percorrer entre 50 e 70 quilômetros. Ao selecionar a opção “eGrip”, a e-bike Wörthersee da Audi funciona apenas no propulsor elétrico e chega a uma velocidade máxima de 50 km/h. Aqui o condutor controla o movimento da bicicleta através de um botão e pode configurar a potência desejada usando o computador de bordo. Caso o ciclista queira manter seu desempenho constante, ele seleciona o modo “Training”.
No modo “Wheelie”, quando o ciclista executar manobras e acrobacias, um sistema de controle eletrônico suporta a roda traseira da bicicleta. Ainda neste modo, o ciclista pode optar pelo “Power-Wheelie”, que proporciona um ângulo ajustável e é ideal para pilotos menos experientes. Ou também o “Balanced Wheelie”, que é voltado para desafios mais esportivos: o sistema eletrônico de controle mantém o equilíbrio do condutor, compensando os movimentos do ciclista. Assim, ele pode mudar a velocidade da bicicleta deslocando seu peso: se o esportista se inclinar para a frente, ganha velocidade, se inclinar para trás, reduz.
O motor elétrico fica no ponto mais baixo da armação e impulsiona, diretamente, o eixo de suporte inferior. O torque máximo da roda traseira é de 250 Nm. O motor elétrico produz 2,3 kW de potência máxima, a melhor no mundo das e-bikes. A bicicleta, excluindo os componentes elétricos, pesa 11 kg, isso equivale a uma relação potência-peso de 9 kg por kilowatt ou 7 kg por cv, outro valor recorde.