É muito fácil cuidar dos cactos, mas como qualquer planta, exigem um mínimo de cuidado
Cactos são um tipo de “suculentas”, ou seja, plantas nas quais a raiz, o talo e as folhas foram engrossadas para permitir o armazenamento de água em quantidades maiores que nas plantas normais. Essa adaptação permite conservar líquidos durante períodos longos e sobreviver em ambientes áridos e secos.
Da família Cactaceae, as mais de 1400 espécies de cactos se agrupam e 84 gêneros. Com tanta diversidade, são comumente usados no paisagismo como plantas ornamentais, ainda mais pelo fato de exigirem poucos cuidados e manutenção, pois não necessitam de regas frequentes. Ao contrário, adaptáveis a ambientes quentes e áridos, têm grande capacidade fisiológica de retenção e conservação de água.
Nos cactos, a clorofila contida nos caules é necessária para a vida e seu crescimento, enquanto suas folhas transformam-se nos espinhos.
Existe uma grande variação de formatos e tamanhos na família Cactaceae. As flores são grandes e, como os espinhos e ramos, brotam também das auréolas.
Muitas das espécies apresentam floração também noturna, o que é curioso, pois são polinizadas por insetos e pequenos animais noturnos como mariposas e morcegos.
A expectativa de vida de um cacto não ultrapassa trezentos anos, porém alguns não sobrevivem a mais de 25 anos. As flores surgem a partir dos dois anos.
Principais cuidados com seus cactos
1. Luminosidade: Requerem sol pleno para perfeito desenvolvimento (há exceções que não necessitam de muito sol e podem se adaptar à meia sombra). Na ausência de luz, seus espinhos vão se afinando e perdendo o colorido que lhes dá a beleza e o charme, além de não florirem na ausência da iluminação adequada.
2. Solo: O substrato ideal para o cultivo inclui casca de pinus triturada, casca de arroz carbonizada, pó da casca de coco triturada, sempre adicionando um pouco de areia grossa lavada, para dar boa drenagem. Uma dica de substrato básico quando não houver mais opções: 1/3 de terra comum, 1/3 de areia grossa e 1/3 de matéria orgânica (humus de minhoca, esterco).
3. Água: Na natureza, vivem com pouquíssima água. Em cultivo, normalmente tem suas raízes contidas em pequenos vasos. Ao regar, deixe o substrato secar completamente, até escorrer a água pela drenagem no fundo do vaso. Convém evitar regar no inverno, pois entram em repouso, e o excesso de água só favorecerá o surgimento de fungos e bactérias.
4. Temperatura: Estão adaptados a sobreviver em desertos secos e quentes.
5. Ventilação e umidade: Indicados para locais arejados com boa circulação de ar. O substrato deve estar bem seco antes da próxima rega, para não apodrecer as raízes.
6. Adubação: Uma adubação excelente é usar farinha de osso com torta de mamona, de seis em seis meses, na medida de uma colher por vaso.
7. Pragas: São suscetíveis ao ataque de cochonilhas e pulgões, que podem levar a planta à morte. Não aplicar nenhum tipo de óleo mineral – o óleo destrói a cutícula que recobre o cacto e, se não matá-lo, o deixará com péssimo aspecto. Retirar a planta do substrato, lavar muito bem com escova e sabão até a eliminação total, deixá-lo secar à sombra por uma semana, e preparar novo vaso com novo substrato.
É muito fácil cuidar de cactos, mas como qualquer planta eles exigem um mínimo de cuidado. E você pode experimentar cultivar e plantar seus cactos em diversos vasos, cachepôs sobre aparadores, mesas, prateleiras, basta ter criatividade!
Na próxima semana abordaremos alguns cuidados básicos para suas plantinhas nos meses de inverno. Até lá!