O conglomerado LVMH uniu a Terrazas de los Andes de Mendoza/Argentina com o mítico Cheval Blanc de Sain Emilion/Bordeaxu para criar um Grand Cru do Novo Mundo

Pierre Lurton nas vinhas do Cheval des Andes com a Cordilheira dos Andes ao fundo

Não há duvidas que os Chilenos largaram na frente para criar vinhos de alta gama que competissem a nível internacional, para catapultar a imagem do vinho daquele do pais para as alturas. Os vinhos chilenos hoje são um sucesso em mercados maduros como os Estados Unidos e principalmente Inglaterra. Tudo começou no inicio da década de 1990 quando o visionário Eduardo Chadwick decidiu elaborar um super vinho chileno, o Seña. Na ocasião Eduardo tinha como sócio o visionário Robert Mondavi, da California, que faleceu 5 anos atrás. A primeira safra desse vinho lançada foi o 1995.

Ano seguinte ,com um projeto iniciado quase ao mesmo tempo, foi lançado o Almaviva, uma joint venture entre o Chateau Mouton Rothschild e a mega empresa Concha y Toro. O 1º Almaviva 1996 foi uma verdadeira sensação, pois além do vinho por si só, tem uma adega absolutamente linda cravado no Vale do Maipo. Ao lado dessa linda Adega franco-chilena, Eduardo Chadwick, com vinhas ao redor do antigo campo de pólo da Família  lançaria o vinho TOP mais cobiçado e caro do Chile hoje, o Viñedo Chadwick, cuja primeira safra foi  a de 1999.

Entrada do Cheval des Andes

Coincidentemente e com menos barulho era lançado do outro lado dos Andes um vinho denominado Cheval des Andes. Mais uma coincidência entre esse dois ícones sul-americanos é que o vinhedo de onde provem a fruta para a elaboração do Cheval des Andes se localiza também ao redor de um lindo campo de pólo ,em plena Las Compuertas, na grande Mendoza. Esse projeto é fruto da parceria da empresa Terrazas de los Andes com o Chateau Cheval Blanc de Saint Emilion na França. Essas duas empresas tem o controle acionário da gigante empresa de luxo francesa a Louis Vuitton Möet Henessy (LVMH), do mega bilionário Bernard Arnaud.

 

 

 

 

 

 


O projeto Cheval des Andes tem o comando do competente Pierre Lurton, enólogo chefe do Cheval Blanc, que criou a partir das vinhas ao redor desse lindo campo de pólo um tinto blend composto de: Vinhas Velhas de Malbec (predominante) com média de 70 anos com Cabernet Sauvignon e que as vezes leva um toque de Petit Verdot e Merlot , essas três ultimas variedades, vinhas mais jovens com pouco mais de 15 anos em média. Esse vinho cuja 1ª safra foi a 1999 já está hoje entre os melhores vinhos do mundo. Todas as safras dessa joia foram degustadas.

Colheita em Cheval des Andes

Campo de Polo Cheval des Andes com vista das Vinhas e Cordilheira so fundo

Cheval des Andes 2006

Os primeiros vinhos das safras 1999, 2001 e 2002, são vinhos de boa qualidade mas não atingiam o patamar de um grande vinho. Dessa primeira leva o 2002 é muito superior. A partir de 2003 o patamar subiu e tivemos excepcionais vinhos nas safras de 2004, 2005 e 2006. O 2004 e o 2005 são já de classe mundial, mas o Cheval des Andes 2006 é um dos mais imponentes e profundos vinhos que nosso continente já produziu. Seu blend é Malbec 60%, Cabertnet Sauvignon 25% e Merlot 5 %. Profundo, refinado e elegante. Conjunto olfativo marcante com bom frescor e um grande refinamento. O sabor do carvalho francês onde o vinho estagiou está delicioso e totalmente  integrado com a fruta madura (framboesas e amoras de sobra). Na boca é presente e com boa intensidade. Seus taninos são de excelente qualidade, precisa acidez, elegante e repleto de finesse. O mais bordalês vinho da America do Sul. Esse Cheval é o melhor produzido até hoje. Uma obra de arte colecionável que pode ser apreciado hoje, desde que acompanhado por um “gordo” bife de ancho. Estará melhor com mais 2 anos de garrafa. Depois disso tem estrutura para continuar evoluindo por mais 15 anos.

Rótulo Cheval des Andes 2006

Cheval des Andes 2006

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