Um diálogo fecundo é o novo curso ministrado por José Geraldo Couto
Entre os dias 17 e 19 de novembro, de terça a quinta-feira, o jornalista e critico de cinema José Geraldo Couto ministra o encontro Cinema e Literatura – Um Diálogo Fecundo, na sala de curso, do Espaço Itaú de Cinema – Augusta | Anexo (Rua Augusta, 1470). Cada aula terá duas horas de duração, com início às 20h.
1º dia | 17 de novembro
As falsas ideias sobre adaptações literárias (“O livro é sempre melhor”, “Só livro ruim gera filme bom”, “Adaptação tem que ser fiel ao texto” etc.). O filme como tradução – de uma linguagem a outra, mas também de uma sensibilidade a outra. Exemplos: Morte em Veneza, de Thomas Mann, por Luchino Visconti. Três adaptações de Macbeth de Shakespeare: Orson Welles, Kurosawa, Polanski. Casos de afinidade e atrito entre a obra literária e a cinematográfica: o exemplo de O Processo, de Kafka, por Orson Welles.
2º dia | 18 de novembro
O filme como tradução de uma época a outra: os exemplos de Macunaíma de Mário de Andrade por Joaquim Pedro de Andrade, e de De olhos bem fechados, Arthur Schnitzler adaptado por Stanley Kubrick. Literatura-cinema como uma via de mão dupla. Escritores de ficção influenciados pelo cinema. O exemplo de Dashiell Hammett e a versão de O falcão maltês por John Huston.
3º dia | 19 de novembro
As armadilhas da linguagem narrativa. Dificuldades de adaptar autores que centram sua literatura mais na forma da narração do que naquilo que é narrado: Henry James, Proust, Guimarães Rosa. Duas versões de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis: por Julio Bressane e André Klotzel. A narração em primeira pessoa e a “câmera subjetiva” em A dama do lago, de Raymond Chandler, filmado por Robert Montgomery. As “meta-adaptações”, ou filmes centrados no próprio processo de transposição de uma obra literária para outro meio, tempo e lugar: César deve morrer, de Paolo e Vittorio Taviani, Tio Vânia em Nova York, de Louis Malle, Moscou, de Eduardo Coutinho, Ricardo III – Um ensaio, de Al Pacino, Um romance de geração, de David França Mendes.
José Geraldo Couto é crítico de cinema, jornalista e tradutor. Trabalhou durante mais de vinte anos na Folha de S. Paulo e três na revista Set. Publicou, entre outros livros, André Breton (Brasiliense), Brasil: Anos 60 (Ática) e Futebol brasileiro hoje (Publifolha). Participou com artigos e ensaios dos livros O cinema dos anos 80 (Brasiliense), Folha conta 100 anos de cinema (Imago) e Os filmes que sonhamos (Lume), entre outros. Escreve regularmente sobre cinema para a revista Carta Capital e mantém uma coluna de cinema no blog do Instituto Moreira Salles.
Espaço Itaú de Cinema – Augusta | Anexo
Rua Augusta, 1470 – Cerqueira César
Dias 17, 18 e 19 de novembro de 2015, de terça a quinta-feira
Horário: 20h às 22h
Carga Horária: 6 horas em 3 encontros.
Inscrições
Rua Antônio Carlos, 288 – 1º andar
Valor até 10/11
R$ 300,00 ou 2 cheques de R$ 160,00
Valor a partir de 11/11
R$ 330,00 ou 2 cheques de R$ 175,00
Valor da aula avulsa
R$ 120,00
Vagas limitadas: 30 pessoas (mínimo de 15 para a realização do curso)