Só hoje, quarta feira, consegui organizar a ressaca mental de três dias de Lollapalooza. Vou escrever como foi meu feriado…. Aff, cansativo, mas demais!! Estou pronto para outra!!
Obs: Todos os fatos que vocês lerão a seguir foi visto in loco, ninguém me contou. É a minha opinião – não é nada profissional – apenas a opinião de um dos mais de 180 mil espectadores do festival.
Sexta feira (The Killers e Dead Mau5)
Primeiro dia de festival, empolgação a mil. A chuva que tinha atingido a cidade deixou a pista do Jóquei enlameada, mas suportável e com o pensamento “ imagina no domingo?”. Banheiros funcionado bem e cerveja com fácil acesso, tudo ótimo!
Foi o dia mais perrengue por conta da chuva que incomodou no show do Killers, que com o repertório ótimo não conseguiu ter a performance bombástica que eu esperava e que me fez comprar ingressos imediatamente (sou mega fã), por conta do som que não chegava forte vibrando no corpo, diferentemente de outros shows que eu assisti no mesmo local nos outros dias.
Como escrito acima, as duas atrações, The Killers e Dead Mau foram as únicas que me proporcionaram algum momento de euforia e satisfação, de resto a banda Cake foi sabotada pelo som baixo e pela tenda eletrônica que “poluía” o som mais sofisticado e orgânico da banda.
Assista ao ponto alto do show – The Killers:
Sábado (Two Doors Cinema, Alabama Shakes, Queen of the Stone Age e Criolo)
Pra mim esse foi disparado o melhor dia do festival, pelo menos musicalmente foi – e olha que nem ingresso para esse dia eu tinha comprado, mas fui a convite de uma amiga.
Two Doors and Cinema – não conhecia nada da banda, mas veio com vontade e fez a galera agitar no maior palco do festival, que as 16:00 já estava lotado de fãs com as mãos para o alto, numa energia ótima!!
Logo depois, no palco alternativo em um show MARAVILHOSO o Alabama Shakes fazia seus espetáculo com sua vocalista – a visceral, poderosa, intensa e carismática Brittany Howard. Com vontade de banda nova, o tecladista tocando aqueles pianos de madeira de loja de antiguidade, um soul music espetacular. Se fechasse os olhos podia até imaginar Janis Joplin cantando, um dos três melhores shows do festival.
Criolo – muito criativo, versátil, passeou pelo Reggae, Samba, Rap e outros estilos que eu nem sei o que é. Uma puta surpresa boa, que com um copo de cerveja na mão ficaria bem melhor, puta sede, não há um carinha ambulante e nenhum bar com menos de uma hora de fila ao redor!! Contudo, toda via entretanto, Showzão!
O Queen of the Stone Age também surpreendeu, fez um baita show mais rockeiro, do jeito que eu gosto. Nossa, preciso ir no banheirooo, tinha uma fila gigaaaante do tipo desumano mesmo, péssimo!!!! Iria custar duas horas, de vida, corri para a tenda VIP, e era chão viu?
O tão esperado Black Keys foi uma decepção, o público que foi lá para ver seus ídolos, viram um show curto, de um cara sem a menor vontade de faze-lo, enganation forte!
Assista ao ponto alto com Alabama Shakes:
Domingo ( The Hives, Planet Hemp e Pearl Jam)
The Hives – o maluco tava com vontade!!! O papo em volta era: “ Orrrra meu (bem paulizzta), queria tomar o que esse cara tomou! O cara tava pilhadão, o som era muito bom, virtuoso, guitarras gritando a mil, figurinos ótimos, no melhor estilo “ A Laranja Mecânica” (tks Debs!).
Nossa, o Planet Hemp quebrou tudo!!! Fez um show cheio de hits e bate cabeça não poupou o público de ouvir os seus clássicos mais fortes com a pegada do “HC” que o D2 agradecia o tempo todo, que ou era Hard Core, ou Hospital das Clinicas rsrsrsrs.
Foi o melhor show que vi no Palco Butantã, que finalmente o cara que mexe no botão do volume acertou e aumentou um pouco a potencia que estava sofrível nos outros shows que vi por lá.
Pearl Jam foi ótimo!! Finalmente eles fizeram um show com vontade, se entregaram para um show de 2 horas. Fantástico!!
Veja o ponto alto do dia com Planet Hemp:
Cocô & Hamburguer
O cheiro de cocô era maior nas partes enlameadas, porém suportável, já o da tenda eletrônica, insuportável.
Ficava ruim na praça de alimentação, pois a cena era as pessoas comendo em um cheiro forte de cocô…..mas FODA-SE!!
O Jóquei é o melhor lugar para se fazer o festival e espero que nunca se mude de lá, esse “cheirinho de mato” é o preço.
Filapalooza
Poxa, por que tantos perrengues???!!!! Ano passado eu bebia fácil, ia ao banheiro fácil O QUE CAZZO ACONTECEU??? Regrediram na produção??
No primeiro ano era compreensível, primeiro ano afinal, mas no segundo?? Por que foi para trás?? Tinha menos gente (no ano passado colocaram 70 mil a venda, esse ano apenas 60 mil), como pode ter filas tão desumanas para as pessoas irem ao banheiro, comprar cerveja ou comerem???
Minha amiga, coitada, finalmente depois de 9 meses de gestação, saiu para finalmente se divertir em um festival com o nosso grupo de amigos, foi ao banheiro no show do Queen of The Stone Age e só conseguiu voltar para o nosso posto uma hora e meia depois!!!
Mulheres, nossa como elas sofreram! As filas davam voltas e mais voltas e acabavam confundidas pelo vai e vem do público sendo impossível se saber aonde era o final da fila!! As cenas escatológicas eram comuns, com pessoas mijando em qualquer mureta que dava sopa.
Nos bares, o que era saída virava entrada de espertinhos, para se conseguir uma cerveja, era uma missão do tipo Platoon, uma guerra! Era mega difícil encontrar os ambulantes com as mochilas de cerveja, mas toda vez que eu via um e…..estava vazio!!! A fila dos bares impossível, a batalha por um mísero copo de cerveja era campal!! Depois do primeiro dia eles sumiram e todas as mochilas secaram – incrível.
As fichas para consumo
Depois de muita reclamação, o festival anunciou (eu li nas redes sociais) que aceitava a troca das fichas de sexta e sábado para ser utilizadas no domingo, o problema é que não avisaram o pessoal de serviço, que não estavam deixando trocar as fichas, mais um outro stress para viver no festival.
Conclusão
Eu continuo fã DO festival, e DE festival, mas não precisamos associar festival a perrengue.
Festival tem que ser associado a muitos e muitos shows, caminhadas longas – pessoas migrando de palco para palco – outras deitadas no chão escutando o que quiserem escutar, nisso o Lolla foi ótimo!! Musicalmente o melhor festival que já rolou no Brasil, mas o mínimo que precisamos para curtir esse festival, é ir ao banheiro, beber e comer!!
Aos organizadores, parabéns!!! Pois é difícil demais fazer um festival para tanta gente, realmente tiro o chapéu, pegaram quadrilhas furtando celular, atenderam aos pedidos do público feitos nas mídias sociais, lutaram para o metro funcionar até mais tarde – apesar de tudo, VOCÊS MERECEM SIM UMA SALVA DE PALMAS!!!