Livro de Raul Mozardo traz histórias dos anos da ditadura num trama que resgata a crença e esperança
No ano em que o golpe militar completou 50 anos, o romance Indelével – Sonhos não se apagam, de Raul Mozardo, chegou ao mercado trazendo uma história eletrizando ambientada na época dos anos de chumbo em São Paulo e em Roma.
A ditadura militar no Brasil, que foi instaurada após o golpe, em 1964, trouxe com ela a repressão, a censura, a tortura e também a indignação de pessoas, como Leônidas Boaventura, o protagonista, que apesar de sua ingenuidade passa a ser perseguido pelo governo.
A verossimilhança retratada na obra de ficção faz o leitor crer que acontecimentos ali retratados poderiam naturalmente ter acontecido na vida real. Hoje, é comum saber de alguns dos fatos que ocorreram nesta fase conturbada da política brasileira, como desaparecimentos, por exemplo. Dentro do enredo, a história do livro passeia por estes tão trágicos assuntos de modo a explorar detalhes que não possuem tanto destaque, pois até mesmo a justiça não tem conhecimento de tudo o que aconteceu.
Exílios eram atos corriqueiros, pois corriqueiros também eram as abordagens, interrogatórios e pressões a quem os militares achassem que de uma forma ou de outra estivesse atrapalhando o bom andamento do regime então em vigor. Leônidas representa o spectro não só de um artista perseguido, mas o de um jornalista, compositor, enfim, um ser que sofreu represálias apenas por buscar algo que o impulsionou, no caso, seu sonho de ser reconhecido.
Paralela a todas as aventuras vividas pelo personagem principal, segue de maneira indelével seus anseios profissionais e também amorosos. Sua vida traz pitadas de inocência, genialidade e talento. Não é nada estranho dizer que todo bom sonho vem acompanhado de árduas batalhas apontadas, principalmente, para si próprio. Forças alheias às nossas vontades podem invadir a trajetória da vida de forma eletrizante. Alguns podem chamar de forças do universo e outros, de destino.
O autor, Raul Mozardo, demonstra, ao publicar seu primeiro romance, que tal qual Leônidas, o protagonista de Indelével – Sonhos não se apagam, os leitores também podem desfrutar de seus desejos. O livro também ajuda as pessoas a elucidarem suas vocações e a acreditarem nelas com os pés no chão e sem perder as esperanças.
Indelével é um convite à boa leitura. Além disso, apresenta o estereótipo de um novo grande herói no cenário brasileiro. Um modelo de personagem que destoa da realidade, moldada pela idolatria equivocada dos chamados artistas que não apresentam o mínimo de aptidão para honrarem esta pequena grande palavra chamada “arte”.
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