“Refúgio seguro da reconciliação interior e da totalidade.” Carl Jung
Círculo mágico ou círculo de energia, a palavra deriva do sânscrito de origem hindu. É constituída por formas geométricas que se entrelaçam formando um grande círculo contendo imagens significativas.
O espaço dentro do círculo significa o sagrado. Mandalas são usadas na meditação para atrair abundância material e sorte, assim como para amenizar dificuldades e harmonizar ambientes. Representam o Universo e em seu interior estão as forças da Natureza representadas num simbolismo perfeito.
Cada mandala cria um campo de poder. Ao se contemplar uma Mandala cria-se um campo energético e uma forma para direcionar a energia mental e espiritual a fim de canalizar diversos tipos de vibrações para determinados objetivos. É costume após o seu uso por determinado tempo, desmanchá-la e jogar em água corrente, a fim de deixar a energia contida nela fluir livremente.
“As mandalas simbolizam um refúgio seguro da reconciliação interior e da totalidade”, disse Carl Jung, para quem o arquétipo predominante na humanidade era o de desintegração. Daí a importância de construirmos mandalas, que são elementos de cura específicos, oferecidos pela psique.
Toda mandala atrai a atenção da periferia para o centro. Por esse motivo, é importante trabalharmos o estado de consciência para poder entrar em contato com a mesma.
1 – O centro – Pode ser um ponto, um eixo horizontal ou vertical. A partir dele o espaço é organizado. O ponto central é a energia condensada, símbolo do ser profundo.
2 – Partes complementares – As formas e cores dispostas ao redor do centro não são regidas por uma simetria estrita. A representação da mandala simboliza o fator essencial de toda existência e organização. Mandalas são a expressão da passagem da confusão à ordem, do caos ao Cosmos.
As figuras estão intimamente ligadas ao funcionamento do cérebro. É por isso que a contemplação de figuras como o Shri Yantra (do qual falamos na matéria anterior) nos remete a uma meta construtiva. O quadrado representa a terra ou o mundo construído pelo homem. E, como representação pictórica das forças cósmicas, o círculo é a forma básica do Universo.
Ao criarmos uma mandala, estamos usando um símbolo para representar a realidade. O símbolo carrega uma parte interpretável, que é a sua forma externa. O seu sentido se apresenta no momento em que entramos em contato com ela.
As mandalas se tornaram instrumentos com os quais terapeutas e psicólogos trabalham amplamente com crianças para ajudar nas diferentes terapias. Crianças constroem mandalas espontaneamente nos primeiros momentos de maturação psiconeurológica.
Desenhar um círculo talvez seja algo como desenhar uma linha protetora ao redor do espaço físico e psicológico que identificamos como nós mesmos. O inconsciente reage reforçando uma atitude de direção à vida.
Ao trabalharmos com mandalas podemos vivenciar momentos de clareza, em que os opostos se equilibram e experimentam uma realidade harmoniosa, de paz e significado.
Fontes: Mandalas terapêuticas, Victor Losacco; Niños Que Triunfan – El Yoga en la Escuela, Micheline Flak; Mandalas teorias e práticas, S. Wuillemet e A. Cavelius; annalu_frussa.sites.uol.com.br
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