Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém

E o nosso turismo por Lisboa continua com dois dos espaços mais imponentes de Portugal

Saindo um pouco da região central de Lisboa, chegamos a Belém. Às margens do rio Tejo já conseguimos ver a deslumbrante construção que é a Torre de Belém, mas a visita começa em outro lugar, no Mosteiro dos Jerónimos.

Construído em 1496, o Mosteiro vivenciou praticamente toda a história de Portugal. Com uma arquitetura clássica e um espaço grandioso, ainda hoje vivem monges da Ordem de São Jerónimo. Nessa construção, ainda é possível visitar exposições fixas e tumbas de figuras famosas, como Fernando Pessoa, Vasco de Gama e (supostamente) Luís de Camões.

Foi em 1983 que a UNESCO declarou o Mosteiro como Patrimônio Mundial da Humanidade, resultando numa completa restauração do prédio, o que o tornou ainda mais imponente para os visitantes. Os detalhes que exaltam as grandes navegações e o poderio da conquista portuguesa estão presentes nos entalhes e decoração das paredes e portais.

Logo depois, a gente segue para a Torre de Belém, um dos monumentos mais expressivos e conhecidos de Lisboa. Ela localiza-se na margem direita do Tejo, onde havia a praia de Belém. Inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, a construção foi progressivamente envolvida pela praia, até se incorporar à terra firme.

Assim como no Mosteiro dos Jerónimos, a Torre também se destaca pelo nacionalismo implícito, já que é decorada por brasões de armas e inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte, características que remetem à arquitetura típica do início da Idade Moderna.

Diferentemente do Mosteiro, onde era bem mais sossegado andar, na Torre a melhor vista vêm do último andar. E dá-lhe centenas de degraus e rapidez para conseguir chegar ao topo. Como é um lugar muito visitado, você tem que subir ou descer no momento em que um apito sonoro alerta os turistas. E, em meio a uma escada em caracol e degraus cada vez mais estreitos, finalmente chegamos num ponto em que é possível ter uma vista espetacular de Lisboa e pisar no mesmo chão em que se fez história centenas de anos atrás.