Assumidamente palmeirense, Mauro Beting tenta colocar no livro todas as histórias de fora do campo, de dentro do campo, desde a pequena cidade de Oriente, onde nasceu Marcos, em 1973, até cruzar o mundo para conquistar o Mundial de 2002 com a seleção brasileira. Como o jornalista diz na apresentação do livro se referindo ao goleiro: “Precisaríamos ser o Ademir da Guia das letras para dar ao texto a mesma graça que você dá lendo bula de remédio, discurso de político, ou animando velório. Não conseguimos. Não fazemos milagres. Não somos Marcos. Mas somos seus discípulos desde 12 de maio de 1999. Por isso escrevemos a sua palavra”.
O lançamento contou com diversas personalidades, palmeirenses ou não. O presidente Arnaldo Tirone, o diretor Roberto Frizzo, o ex-presidente Belluzzo, o político José Serra, palmeirense assumido, estiveram presentes. Assim como o outro ídolo palmeirense, Ademir da Guia, o goleiro Sergio, o jornalista ‘Pai da Matéria’ Osmar Santos, entre outros, também prestigiaram o evento do goleiro.
Talvez o principal goleiro da história do Palmeiras, o camisa 12 dedicou 20 anos de carreira ao Alviverde, com alguns dedicados também à seleção brasileira. Marcos pendurou as luvas no dia 14 de janeiro de 2012, tendo representado a camisa verde e branca em 532 partidas. “Umas 510 pra lembrar e, pra falar a verdade, umas 10 pra esquecer”, afirma Marcos em tom de brincadeira. Desde a estreia, no dia 16 de maio de 1992, foram 13 títulos conquistados, começando pelo Brasileirão de 1993, que tirou o Palmeiras da fila de 16 anos.
Passagens como o início da carreira, a chegada em São Paulo, ao Palmeiras, a identificação com o clube, a Copa do Brasil de 1998, a Libertadores de 1999, o Mundial de Clubes de 1999, o pênalti defendido do Marcelinho Carioca, contra o Corinthians, a Copa do Mundo de 2002, a Série B, os ídolos, o Paulista de 2008, das contusões até a aposentadoria. São histórias que se transformam em capítulos contados no livro Nunca Fui Santo.
“Não consigo ser só profissional. Nunca fiz média com ninguém. Se a torcida gosta de mim, foi pelas coisas que conquistei. Foi por ter quebrado a clavícula ao me jogar na bola numa dividida. Foi por ter deixado de lado uma proposta de R$ 45 milhões do Arsenal pra ficar aqui e jogar a Série B. Eu deixei de agir só com a razão. Às veze, faço as coisas só com o coração, sou um verdadeiro torcedor.” (Passagem do livro Nunca Fui Santo).
Ficha Técnica
Livro: Nunca Fui Santo
Autores: Marcos Reis e Mauro Beting
Editora: Universo dos Livros
Nº de páginas: 168
Preço: R$ 39,90