Obras de Hélio Oiticica são expostas em espaços culturais de Belém, PA

Chega a Belém a exposição “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo”, com obras e filmes de Hélio Oiticica, um dos artistas brasileiros mais pesquisados e exibidos mundo afora. A mostra acontece no Museu Histórico do Estado do Pará, no Museu do Forte do Presépio, na Estação Docas, no Fórum Landi, na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur) e no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas.

A maior parte das obras vem do acervo de César e Claudio Oiticica, e reúne raridades como seus famosos Metaesquemas, os desenhos do período neoconcreto, guaches, uma calça feita para a Mangueira, além de Bólides e Penetráveis. Com curadoria de Cesar Oiticica Filho, Fernando Cocchiarale e Wagner Barja, a mostra cobre todos os períodos da produção do artista e é uma itinerância da exposição que já esteve em São Paulo, Rio e Brasília, mas adquire um contorno especial por onde passa.

A exposição traz ainda raríssimos Penetráveis, obras monumentais de Oiticica [1937-1980], como “Tropicália”, de 1967, e “Rijanviera”, de 1979, no Museu Histórico do Estado do Pará; “Macaléia”, de 1978, e “A Invenção da Luz”, de 1978/1980, no Museu do Forte do Presépio; “Nas Quebradas”, de 1979, na Estação Docas; e “Rhodislandia”, de 1971, no Fórum Landi. “Éden”, um conjunto de vários ambientes que integrou a primeira exposição do artista em Londres, na White Chapel, em 1969, está na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur) e “Penetrável Gal”, de 1969, no Espaço Cultural Casa das 11 Janelas.

Poder de síntese
A ocupação de vários espaços públicos evoca uma característica do artista, que desde menino dizia que precisava andar para pensar, para perceber o mundo à sua volta e organizar as ideias. “Ele desenhava as rotas de todos os ônibus”, diz César Oiticica Filho. Já adulto, costumava fazer longas caminhadas, no que ironicamente chamava de “Delirium Ambulatório”, para relacionar à agitação motora de alguns pacientes psiquiátricos.

“O que mais impressiona no legado de Hélio Oiticica é o poder de síntese que ele sempre teve na pauta das traduções de seu programa artístico. Desde os Metaesquemas, que são desenhos geométricos tradicionais, passando pelos outros projetos: Relevos, Bilaterais, Bólides, Ninhos e as diversas arquiteturas nomeadas até os Parangolés, o Hélio realizou uma ação continuada, ininterrupta. Ele sempre falou, no fundo, das questões das cores, das formas, da linguagem da pintura e associou tudo isso ao corpo e à cultura”, afirma o curador Wagner Barja.

Filmes
Na exposição, serão apresentados os filmes “Agripina é Roma Manhattan” (1972) e “Brasil Jorge, Homenagem a Jorge Salomão” (1972), ambos de Hélio Oiticica, e “Phone” (1975), de Andreas Valentim. 

Serviço

De 6 de abril a 5 de junho de 2011
 “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo”
Abertura: 5 de abril, às 19h, no Museu do Estado do Pará
Entrada franca.

Locais e horários de visitação:
Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP)
Na Sala da Cavalariça está o penetrável “Tropicália”, de 1967. Na Sala Transversal estão “Meta-esquemas”, “Relevos Especiais”, “Bólides” e “Desenhos Neoconcretos”. Na varanda dos fundos, o Penetrável “Rijanviera”, de 1979. Palácio Lauro Sodré – Praça Dom Pedro II, s/nº – Cidade Velha. De terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado e domingo, das 10h às 16h. Feriados, de 9h às 13h.

Museu do Forte do Presépio
Na área interna do museu, o penetrável “Macaléia”, de1978, e, na área externa, “A Invenção da Luz”, de 1978/ 1980. Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n. Cidade Velha. De terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado e domingo, das 10h às 16h. Feriados, de 9h às 13h.

Estação Docas
O penetrável “Nas Quebradas”, de 1979.
Boulevard Castilho França, s/n. De segunda a domingo de 12h às 24h

Fórum Landi
No corredor lateral, o penetrável “Rhodislandia”, de 1971. Rua Siqueira Mendes nº 60 – Bairro da Cidade Velha. De segunda a sexta, das 9h às 18h

Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur)
No hall de entrada, o “Éden”, um conjunto de vários ambientes que integrou a primeira exposição do artista em Londres, na White Chapel, em 1969. Na galeria, “Cosmococa”, de 1973. Av. Gentil Bittencourt, 650 – Nazaré. Todos os dias, das 9h às 22h.

Espaço Cultural Casa das 11 Janelas
O “Penetrável Gal”, de 1969. Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n. Cidade Velha. De terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado e domingo, das 10h às 16h. Feriados, de 9h às 13h.

Fonte: Agência Pará de Notícias