Momentos marcantes da trajetória da princesa Grace de Mônaco

Parceria entre a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e o Grimaldi Forum – Mônaco traz para o Museu de Arte Brasileira da FAAP, a grande exposição Os Anos Grace Kelly, Princesa de Mônaco, entre 5 de maio e 10 de julho de 2011, com entrada gratuita.

Com curadoria de Frédéric Mitterrand, atual ministro da Cultura da França, a mostra, originalmente criada em 2007 pelo Grimaldi Forum, reúne cerca de 900 objetos que revisitam a vida da diva que conquistou Hollywood, o Principado de Mônaco e a realeza monegasca. Entre eles, fotografias, filmes, vestidos, joias, acessórios, quadros, cartas que escrevia e recebia de amigos como rainha Elizabeth, Greta Garbo, Frank Sinatra, Alfred Hitchcock, Jacqueline Kennedy, todos conservados e organizados pelo Palácio Principesco.

Durante a visita, o público terá a oportunidade de ver registros de sua infância e juventude na Filadélfia, sua carreira bem-sucedida como atriz, seu casamento com o príncipe Rainier III e seu destino como princesa. Além disso, poderá conhecer a mãe dedicada, a amiga solidária, a incentivadora das artes, a presidente da Cruz Vermelha de Mônaco e a defensora de diversas causas humanitárias.

Para traçar a linha do tempo de Grace Kelly, a mostra está dividida em 14 salas: Filadélfia, Nova York, Hollywood, Hitchcock, Reino Encantado, O Encontro, O Casamento, Amigos, Baile, Maternidade-Família, Jardim Privado, Princesa, Glamour e, por fim, Sala Real, dedicada a seu papel como membro da realeza monegasca e sua contribuição à imagem de Mônaco no mundo inteiro, além de mostrar como ela se tornou uma das mulheres mais tituladas da Europa, em razão da antiguidade da Dinastia Grimaldi, como duquesa de Valentinois, de Mazarin, de Estouteville, da la Meilleraye e de Mayenne; princesa de Château-Porcière; marquesa de Baux e de Guiscard; condessa de Carlades, de Thorigny, de Ferette, de Beaufort, de Thann e de Rosemont; baronesa de Altkirch e de Saint-Lô; senhora de Isenheim e de outras noventa e seis senhorias.

Serviço

De 5 de maio a 10 de julho de 2011
Os Anos Grace Kelly, Princesa de Mônaco
Museu de Arte Brasileira da FAAP
Rua Alagoas, 903   Higienópolis
De terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. (Fechado às segundas-feiras, inclusive quando feriado)
Agendamento de visitas educativas: (11) 3662-7200
Entrada franca

Grace Kelly, breve biografia
Grace Kelly nasceu em uma família católica de ascendência irlandesa, em 12 de novembro de 1929, na Filadélfia, no estado da Pensilvânia.

Após ter participado do corpo expedicionário americano na França, em 1917, e de ter sido campeão olímpico de remo por duas vezes no início dos anos 1920, seu pai fez fortuna com uma empresa de construção. Sua mãe, linda e culta, escolheu deliberadamente privilegiar o lar depois de ter sido uma das debutantes mais concorridas. Ambos, dotados de grande carisma e energia, criaram seus quatro filhos com carinho e atenção, mas com princípios morais exigentes, com espírito empreendedor, de esforço e de responsabilidade, ao mesmo tempo protegendo-os do clima de dificuldades sociais do período da Grande Depressão.

Grace, a segunda filha, era doce, sensível e introvertida. Na adolescência, sua natureza sonhadora e poética a aproximou de seu tio Georges Kelly, homem de letras renomado que recebeu o prestigioso Prêmio Pulitzer.

No fim dos anos 1940, Grace estudou na Academia Americana de Artes Dramáticas, em Nova York, e levou a vida que um aprendiz de ator de boa família levava, morando em pensionato para jovens solteiras e trabalhando como manequim para pagar seus estudos. Rapidamente, começou a participar de apresentações de teatro e de emissões dramáticas ao vivo para a televisão, que na época estava em pleno crescimento. Seu talento, sua beleza, seu charme e profissionalismo atraíram a atenção dos caça-talentos de Hollywood. Assim, desde Matar ou Morrer (High Noon), em 1952, em que Grace atuou junto com o ator Gary Cooper, sua carreira se acelerou de maneira fulgurante.

Contratada pela MGM, mas requisitada por outros estúdios, o que gerava conflitos, ela deu provas de uma determinação rara e se tornou a atriz mais midiática de 1954, ganhando o Oscar por Amar é Sofrer.
No entanto, foi Alfred Hitchcock quem a fez entrar definitivamente no círculo das grandes estrelas legendárias quando lhe confiou três papéis principais: em Disque M para Matar (1954), Janela Indiscreta (1954) e Ladrão de Casaca (1955). Foi durante as filmagens deste último que ela conheceu o Principado de Mônaco. Ela encarnou o ideal feminino do mestre do suspense, com quem desenvolveu uma amizade inabalável.

Apesar dos inevitáveis romances inventados pela imprensa com parceiros de prestígio, como Clark Gable, Cary Grant e William Holden, sua vida privada continuou discreta. Seu principal affair foi ninguém menos que o célebre costureiro Oleg Cassini, apesar da reticência de seus pais com relação a um homem brilhante, certamente, mas que não era católico e já divorciado.

Por ocasião do Festival de Cannes de 1955, seu encontro com o príncipe Rainier III durante uma visita ao Palácio de Mônaco, organizado pela revista Paris Match, mudou radicalmente seu destino. Após uma visita do príncipe à família Kelly durante o Natal, o anúncio do noivado desencadeou uma avalanche na mídia, tomando uma amplitude ainda maior para o que foi chamado de “o casamento do século”, em 19 de abril de 1956.

Renunciando ao cinema, dedicando-se aos filhos Caroline (1957), Albert II (1958) e Stephanie (1965), dividindo as tarefas e responsabilidades com seu marido, o príncipe Rainier, e devotando-se incansavelmente ao serviço do Principado e dos monegascos, a princesa Grace executou com perfeição seu papel junto às famílias reais europeias, nos meios sociais, ambientalistas, culturais e no cenário internacional. Sua nobreza de caráter e seu carisma trouxeram uma áurea de glamour que fascinou a mídia e refletiu sobre o prestígio do Principado.

Fotos: Divulgação / SBM Monaco / Acervo e Arquivos do Palácio Principesco / Sebastian Rosemberg – ParisBerlin Photogroup