Lonely Planet indica destinos mais quentes para 2011
Quem planeja viajar esse ano e ainda está indeciso sobre que país conhecer, ou voltar a visitar, a editora especializada em guias de viagem Lonely Planet dá a dica, ou melhor, 10 dicas de países que na opinião de Tony Wheeler, um dos fundadores da LP, e de seus editores antenados compõem os top destinos de 2011.
As indicações levaram em conta um gostinho de aventura, o custo-benefício, um quê de popularidade, outro de exotismo e o que identificam como fator-x, que pode ser aquela motivação às vezes inexplicável que em determinado momento nos atrai para um canto do mundo em especial.
A lista faz parte do recém-lançado “Best in Travel 2011”, livro que detalha essas e outras sugestões em 208 páginas ilustradas e pode ser adquirido na loja do site Lonely Planet, por 14,99 dólares.
Confira os destinos top 10:
1. Albânia
Aos poucos o país vai se revelando ao turismo por oferecer belas praias, boa cozinha, locais históricos, agitada vida noturna e a possibilidade de viajar no velho estilo não planejado, facilitado pela acolhida dos albaneses, para quem viajantes ainda são uma novidade. Bom aproveitar enquanto ainda for daqueles destinos que se indica “à boca pequena”, como dica valiosa que só quem foi sabe. Se depender do escritório de turismo do país isso vai mudar rapidinho depois da campanha cujo slogan alardeia “O novo amor do Mediterrâneo”.
2. Brasil
Sem maiores comentários para nós mesmos, mas como o tamanho do país é continental, claro que vale sair de qualquer região para conhecer os vários Brasis que existem além do samba e futebol. Claro também que, diferentemente de quando botamos o pé lá fora para fazer turismo, aqui há que se lidar com a falta de estrutura, de segurança, de pessoal qualificado… ainda bem que as belezas de cada estado ainda compensam as agruras.
3. Cabo Verde
Aqueles pontinhos que às vezes pode-se avistar do avião numa travessia do Atlântico têm despertado o interesse de muitos europeus em busca do sol nos meses de inverno. Isoladas no oceano, na altura da costa da África, as ilhas do arquipélago de Cabo Verde guardam uma paisagem de montanhas com terraços de verde incomum, um vulcão com o cume nas nuvens, estrutura para a prática de esportes aquáticos e animados festivais populares. Mas a grande atração é o sol, eternamente presente nas praias tranquilas, literalmente longe do mundo, distância essa que turistas de toda parte já tratam de encurtar para fazer das ilhas as “Novas Canárias”.
4. Panamá
O país experimenta hoje um retorno à autenticidade e à natureza, o que se traduz por festas típicas, trilhas na selva e alojamentos em cabanas pé na areia. Uma boa aventura está sempre a um passo ou, quando muito, a uma curta viagem de barco ou ônibus. Em 2011, Panama City, a capital, ganha novo apelo ecológico com o Bio Museu, criado para celebrar a biodiversidade, por Frank Gehry, o arquiteto que transforma cidades em pontos turísticos instantâneos com sua arquitetura inovadora e inquietante. A Cinta Costera, que garante o verde à beira-mar, e Casco Viejo, bairro histórico, foram recém-restaurados. E o Panamá ainda guarda uma incrível paisagem de inúmeras ilhas intocadas, motivo de pura inveja da vizinha Costa Rica.
5. Bulgária
Pode-se dizer que a Bulgária sempre teve seus momentos, com grandes cidades e picos cobertos de neve, boas pistas de esqui e também praias douradas e antigas vilas portuárias no Mar Morto, atrações essas que foram abafadas por vizinhos mais vistosos. Mas a situação começa a mudar agora que o país faz parte da União Europeia e parece recuperar a autoconfiança turística. Hoje as pistas de esqui são boa alternativa para uma prática mais em conta, assim como ainda é possível desfrutar de praias vazias e do excelente vinho que ali se produz.
6. Vanuatu
Além de ser aquele país engraçado de colocar como local de nascimento no Orkut ou Facebook, Vanuatu, na Melanésia, é para quem procura experiências autênticas e muito naturais. De montanhas e cachoeiras a vilas remotas, de enormes lagoas a ilhotas tropicais, há muito o que aproveitar e tudo longe de multidões. Não espere resorts 15 estrelas, nem animação noturna a la Cancún (quem esperaria?), mas com boas opções de pousadas e refúgios românticos em pequenas aldeias, é pedida certa para ecoturistas. Ganhando fama, Vanuatu já tem vôos diretos a partir dos “vizinhos” Austrália, Nova Zelândia, Nova Caledônia, Fiji e Ilhas Salomão. É ir ou não conhecer mais desse jeito.
7. Itália
Ai, o que falar da bell’Italia? É tudo de bom conhecer, visitar, voltar e ficar com saudade, esperando a próxima chance de retornar. Vamos tentar ser menos imparciais… Impossível: comida deliciosa, cenários naturais e cidades sublimes, obras de arte em que se tropeça a cada passo, mar, montanha, campo, sol, céu, neve, vulcão – únicos… Em 2011, a Itália celebra irrisórios 150 anos como país unificado, um nada perto da inigualável e rica história milenar das várias regiões que a compõem. A influência imensa desse passado faz com que para os italianos a origem regional esteja sempre à frente da nacionalidade. Eis porque, também, este é um país para saborear e repetir, pedacinho por pedacinho, castelinho por castelinho, vinhedozinho por vinhedozinho…
8. Tanzânia
A grande África em todo seu esplendor e maravilhas reconhecidas mundialmente: Serengeti, Ngorongoro, Kilimanjaro, Zanzibar são referências que povoam nosso imaginário. Mas na Tanzânia ainda há hordas de elefantes em Ruaha, leões que sobem em árvores em volta do Lago Manyara, santuários de chimpanzés em Gombe e Mahale e bandos de cachorros selvagens em Selous. Inclua no cenário os flamejantes sunsets no rio Rufiji, quando as águas ficam coalhadas de hipopótamos e crocodilos. Ah, e também espécies raras só avistadas por aquelas bandas, numa concentração de vida selvagem sem paralelo em toda a África. E olha que, ao vivo, a Tanzânia ainda tem muito para surpreender seus visitantes.
9. Síria
À medida em que definitivamente afasta a pecha de fazer parte do Eixo do Mal, a Síria reencontra o caminho para receber turistas e oferecer a eles suas inúmeras atrações. Nas ruas, essa atitude de ascenção é perceptível, graças também à economia controlada pelo Estado. Enquanto isso, o visitante esperto que já anda por lá experimenta vida de pachá nos palácios otomanos restaurados, bebericando capuccino ao voltar das compras no “souq” (mercado). Mas com toda a modernização, é bom saber que certas coisas permanecem: beduínos ainda pastoreiam ovelhas e convidam para um chá em suas tendas, Aleppo e Damasco conservam no centro antigo seus labirintos onde mapas de nada adiantam, e o campo se mantém um museu a céu aberto, repleto de preciosas ruínas de impérios ancestrais.
10. Japão
A reputação do país é de ser um destino tão caro quanto escassa é a comunicação em inglês. Mas tirando pagar 100 dólares por um filé e algumas situações a la Lost in Translation, o Japão pode ser surpreendentemente acessível e amigável. Antes de partir para o outro lado do mundo, a melhor dica é providenciar junto à sua agência a compra do Japan Rail Pass e garantir a utilização do sofisticado sistema de transporte japonês. Concorrente a realizar a Olimíada de 2016, Tóquio perdeu para o Rio de Janeiro, mas ganhou inédita sinalização em inglês, que agora dá alívio ao turista ocidental que se aventura na atraente terra que é muito mais que sushi, sakê e sumô.
Fonte ref: Lonely Planet
Fotos: Reprodução – Copyright Lonely Planet Images 2010