Só mesmo o título acima para descrever o que foi ter ido a 4º edição do Planeta Terra, realizado no dia 20 de Novembro de 2010 no Playcenter. Agora produzido pela Mondo Entretenimento, braço de produção de shows e turnês internacionais do grupo ABC do Nizan Guanaes, a empresa não poupou esforço para transformar o festival em uma grande festa com grandiosos artistas. Ao contrário dos anos anteriores, a proposta musical da edição de 2010 veio redonda ao público com a proposta de trazer nomes que há pouco tempo eram considerados independentes e agora figuram entre grandes artistas do mainstream.
A produção do evento dividiu o playcenter em 2 palcos, 1 Main Stage e 1 Indie. Ambos lotados o tempo todo, ocupados pelos quase 20.000 fâs das bandas.
O lineup apresentava artistas como Empire of the Sun, Mika, Hot Chip, Phoenix e a maior atração da noite, Smashing Pumpkins.
Quem foi a grande estrela da noite foi o libanês Mika que apresentou uma energia e enorme alegria de tocar no Brasil. Com sua enorme capacidade vocal e força nos agudos, afirmou “We have been waiting for 5 years to play in Brasil”, disse Mika logo ao subir ao palco. Com hits como “Relax, Take it Easy” e “Big Girls You are Beatiful”, Mika conseguiu colocar o público para dançar e cantar no maior astral. O que chamou muito atenção é que as laterais do palco principal durante o show apresentaram coloridas imagens que se movimentavam ao ritmo da música e criavam uma atmosfera visual muito inovadora. Nunca havia visto nada parecido. E para terminar, Mika pede caipirinha e churrasco para encerrar a noite.
Outra atração de peso que tocou no Brasil pela segunda vez, os franceses do Phoenix não fizeram feio e tocaram clássicos como “Liztomania”, “1901”, “ If i Ever Feel Better”. Com uma proposta mais introspectiva, com um jogo de luzes mais sóbrio, o show foi muito bacana. Thomas Mars no final da apresentação se jogou por cima da galera no famoso “mosh” e saiu carregado por entre a pista lotadas de fãs.
Os australianos do Empire of the Sun também não deixaram por menos no palco indie e produziram seu show cheios de figurinos futuristas, com suas dançarinas vestidas de golfinhos na pegada do filme Avatar, com vídeos no fundo do palco que passavam a impressão que você estava em Marte e com o vocalista vestido como um moderno guerreiro do século 21. Os maiores sucessos foram “Standing on the Shore”, “Half Mast”, “We are People” e não podia ficar fora dessa lista a música que os projetou no mundo inteiro, “Walking on a Dream”. O show foi incrível e com enorme energia.
Smashing Punpkins mostraram muito rock and roll. Fiquei impressionado com os poderosos riffs de guitarra e a harmonia entre o grupo. Entretanto, não ouvi ótimos comentários do show, até por que a banda já mudou de formação diversas vezes e só sobrou o vocalista Billy Corgan da formação original.
Do ponto de vista de produção de eventos, o Planeta Terra estava lindo, bem montado e organizado, com os banheiros do playcenter sendo limpos constantemente, com cerveja gelada nos bares e comida quentinha na praça de alimentação. A qualidade do som estava cristalina e com um bom mix entre graves e agudos.
Um ponto positivo de ir a um festival com nomes não tão conhecidos do grande público é a possibilidade de ficar bem próximo do palco e circular sem passar por grandes tumultos e perrengues. Só me resta parabenizar os organizadores e músicos presentes por tão bonita festa. Concorre o melhor festival do ano for sure!!