São Francisco…
…é mesmo onde se deixa o coração como diz a letra da música norte-americana “I left my heart in San Francisco”. A cidade é mesmo encantadora, edificada sobre colinas e parcialmente circundada por uma linda baía. O sol da Califórnia brilha ainda que em pleno inverno e a temperatura é amena, mesmo com o vento incessante de que todos falam.
Em quatro dias, não é possível ver todos os seus pontos de atração, mas um tour inicial, sempre imprescindível, já dá o sentido de localização, o que não acontece em Los Angeles, por exemplo. O primeiro ícone é, sem dúvida a Golden Gate, assim chamada pela Corrida do Ouro em Sierra Nevada, quando o México abriu caminho para os garimpeiros estrangeiros. Inaugurada em 1937, ligando a cidade a Marin Country, o lugar das casas monumentais dos milionários. É a nona maior ponte suspensa do mundo e oferece visões deslumbrantes aos turistas em suas seis pistas. Por ela, também se chega a Sausalito, antiga aldeia de pescadores, uma graça para se passar um tarde caminhando à beira-mar.
O Golden Gate Park é uma obra prima de paisagismo, criado no século 19 num desafio já que se alicerçou num descampado de areia. Os locais exaltam sua beleza e dizem ser maior do que o Central Park de Nova York. Entre os treze jardins e parques não tendo tempo para percorrer tudo, escolha o Japonese Tea Garden e se não der para visitar os três museus lá dentro, não perca, ao menos o Califórnia Academy of Sciences, cujos pontos altos são as Florestas Tropicais e o Aquarium. Os admiradores de Shakespeare não podem deixar de visitar o Shakespeare Garden, com todas as plantas mencionadas em suas obras.
O bondinho? Ah, o bondinho, o passeio tradicional e imperdível, que sai de Fisherman´s Wharf, o bairro portuário, hoje um centro turística incrível, principalmente nos arredores do Pier 39 e sobe até o ponto mais alto do centro Nob Hill, assim chamado porque ali moravam os “nobs”(gíria inglesa para pessoas de elevada posição e que gerou a palavra esnobe), passando pelas ruas tortuosas entre os magníficos casarões vitorianos. Lá em cima, vale um café no luxuoso Fairmont Hotel.
Se der tempo, porque a visita ocupa um período inteiro, vale conhecer a Ilha de Alcatraz, a famosa e terrível prisão militar de segurança máxima, vista em tantos filmes e hoje desativada tal o custo para o governo. Sombria, macabra, quer no Pavilhão das Celas, quer no Pátio dos Exercícios, verdadeira espaço de sofrimentos e torturas.
A Union Square, onde estão os prédios públicos pede uma visita, recordando o filme “Milk” que ali teve várias cenas. Obrigatório também é passear por Chinatown – a população chinesa é imensa – Little Italy e o alardeado bairro gay Castro, numa cidade já bastante gay por si.
Uma beleza é o Palace of Fine Arts Exploratorium, projetado para durar apenas até o final da Exposição de 1915 como uma representação nostálgica da grandeza perdida, ali permanece, monumental. Estando de carro, suba a Twin Peaks (nada a ver com o seriado) e tenha lá de cima, uma visão de tirar o fôlego!
Tanta coisa mais precisaria ser citada…mas como se deixa o coração por lá, a esperança é voltar muitas vezes.