Jovens atletas paraolímpicos competem para mostrar potencial ainda inexplorado
Por Nathália Cunha
O brasileiro tem verdadeira vocação por torcer pela sua nação esportiva. Acompanhamos qualquer tipo de modalidade quando há chances do Brasil conquistar algum título. Do outro lado, muitos atletas se esforçam para conquistar todo esse carinho em forma de reconhecimento. Entretanto, a maioria não chega a ouvir os aplausos, não por falta de capacidade ou força de vontade, mas sim pela escassez de patrocínio.
Neste sentido, São Paulo teve o orgulho de receber, de 6 a 11 de setembro deste ano, as Paraolimpíadas Escolares. Maior competição do mundo na faixa etária de 14 a 20 anos, o evento reuniu mais de 800 jovens estudantes da rede pública e particular de ensino vindos de quase todo o Brasil.
Uma competição desta magnitude chama atenção para a importância do apoio ao esporte em sua base, justamente os jovens que assim podem trilhar um longo caminho de sucesso. Em especial no caso dos atletas paraolímpicos em que a prática do esporte requer um apoio ainda maior, por conta das necessidades especiais a serem analisadas, adaptadas e acompanhadas.
Os atletas, neste tipo de competição, são divididos em categorias de acordo com o tipo e grau de deficiência, que pode ser física, visual e intelectual. As modalidades clássicas são adaptadas de acordo com as necessidades já identificadas. Ao todos são 20 oficiais, mas nesta edição participaram apenas metade delas: natação, futebol de 5, tênis em cadeira de rodas, vôlei, judô, futebol de 7 e goalball, atletismo,bocha e tênis de mesa.
O presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons, deixou um recado para todos os competidores logo na abertura do evento: “sairão das Paraolimpíadas Escolares diversos talentos que serão devidamente acompanhados pelo CPB rumo as Paraolimpíadas Rio 2016”.
Outra conquista para os jovens atletas, ainda carentes de patrocínio, é o direito de concorrer ao auxílio, no programa Bolsa Atleta, aos que ficaram entre os três primeiros, em modalidades com mais de quatro competidores.
Confira mais imagens de Nathália Cunha nas Paraolimpíadas Escolares:
* Nathália Cunha é jornalista e fotógrafa. Buscando sempre inovar em seus trabalhos, encontrou um novo desafio nos esportes paraolímpicos. Ao acompanhar a modalidade de perto tentou registrar através de sua vivência o problema de falta de patrocínio enfrentado pelos atletas.