Cazuza teria 55 anos. Será que enfrentaria a idade com a mesma desenvoltura que enfrentou a doença que o matou em 1990, aos 32 anos? Com alguma contraridade, é bem provável, pois seu sucesso estava em sua juventude, sua eletricidade, sua magia. E suas letras poéticas. Quem viveu os anos 80, viu. Quem nasceu depois, tem uma chance de ver agora. O fantasma de Cazuza sobe ao palco no sábado, no Parque da Juventude, para um público esperado de 40 mil pessoas. Ele canta, em holograma, durante 20 minutos, seus maiores sucessos: Exagerado, Faz Parte do Meu show, Amor Amor, O tempo não Pára, e Brasil. O espetáculo é gratuito. A mágica foi conseguida com tecnologia. Uma animação foi feita a partir de vídeos da fase solo, para as expressões faciais, e os movimentos foram imitados pelo ator Orlando de Oliveira, o segundo colocado para vivê-lo no cinema. Esse avatar de Cazuza será dublado com sua própria voz. No palco, a banda será real, formada por amigos de Cazuza. Ao vivo, também, entram Gal Costa e Paulo Ricardo. A ideia e direção geral são de Omar Marzagão. E a direção do show é de Jodele Larcher, outro amigo de Cazuza. Essa brincadeira tecnológica custa R$8 milhões e meio de reais. A superprodução vai para o Rio, pátria de Cazuza. Mas sem data marcada. O show terá transmissão direta pelo site voltacazuza.com.br.
O Museu da Casa Brasileira abriu a mostra dos vencedores do seu 27º Premio de Design, um dos mais importantes do Brasil. Entre os premiados estão o livro Mobiliário no Brasil, de Maria Angélica Santi, Editora Senac SP; os novos fogões Brastemp, desenhados por Mario Fioretti; o banco Osso, criado por Otavio Guercia Mesquita Coelho e Rafic Farah; a luminária Ginga Led, de Fabio Falanghe e Giorgio Giorgi; o adereço têxtil Velaturas, de Renata Meirelles. Cada categoria tem mais premiados, e estão todos expostos. O Museu aproveita a ocasião para relembrar os pioneiros do design brasileiro. Este ano a homenagem vai para Fabio Alvim, morto há 20 anos, num painel que mostra seu trabalho, com imagens de objetos, gravuras e joias. Alvim ficou mais conhecido por criar luminárias como a Concha, que está exposta no MCB, e que foi catalogada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York. O curador da homenagem, Fabio Magalhães, comanda amanhã um debate, no local, sobre a obra de Alvim.