O Grupo Catalão La Fura dels Baus volta a São Paulo de maneira bem menos sensacional, mas não menos criativa. Em vez da trupe, mandou uma intervenção, feita de luz e vídeo, para a apresentação da Trilogia Romana, de Ottorino Respighi, pela Orquestra Sinfonica Municipal, sábado e domingo no Teatro Municipal. No palco, apenas a orquestra e o maestro John Neschling. Tudo o que acontece em volta é a participação do Fura. O espetáculo foi criado e apresentado assim nas Termas de Caracalla, na Itália. O grupo, conhecido por megacoreografias, como a abertura dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, que já esteve em são Paulo nos anos 90 e há quatro anos, surpreende agora com esta intervenção eletrônica. O público paulista, acostumado a suas acrobacias em grandes espetáculos, pode estranhar, mas certamente vai gostar. O Fura, nos últimos tempos, tem feito montagens operísticas e de teatro tradicional, usando sua extraordinária criatividade. Uma amostra desse resultado está aqui, para um público curioso de música com efeitos especiais. Longe daqui, o artista plástico brasileiro Ernesto Neto abriu hoje uma grande mostra no museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha, aquele com desenho audacioso do arquiteto canadense Frank Ghery. A arte de Neto combina perfeitamente com as volutas neobarrocas de Gehry. O artista, um dos brasileiros com melhor trânsito no circuito internacional, com obras nos acervos de museus importantes como o Centre Pompidou, de Paris, apresenta 55 trabalhos, dos anos 80 até alguns inéditos, realizados especialmente para esta exposição. Alguns de imensas dimensões. Um deles ocupa todo o átrio do museu, inclusive na altura. Em sua maioria, são obras de imersão: sejam penetráveis, ou de contato, pelo tato ou pelo olfato. Um dos objetivos principais deste criador incomum é despertar os sentidos do público visitante. A intenção já está no título, O Corpo que me leva. A mostra fica em cartaz até 18 de maio. Quem estiver por perto neste período, e ainda não conhece este museu, deveria aproveitar o gancho e ir até lá. Garanto que não vai se arrepender. E aqui mesmo, o artista Bartolomeo Gelpi se espalha hoje pela Vila Madalena, ocupando todo o espaço da Galeria Central e mais o Ateliê. Na galeria, uma mostra de obras recentes, de fase inédita. No ateliê, dois sites especificos, realizados diretamente sobre a alvenaria. Nos trabalhos de ambos os endereços, a baleia e a montanha são referências recorrentes, como a indicar uma ressurreição e uma ascensão. De fato, estes trabalhos são muito diferentes dos anteriores do artista, imbuídos da obsessão da linha reta. Entre os dois endereços, um shuttle, para maior conforto do público.

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