Livro narra a trajetória do artista plástico
Pinturas que registram o cotidiano de maneira lúdica e bem-humorada, repletas de figurativismo e formas dinâmicas de pessoas e animais marcaram a carreira do artista plástico Gustavo Rosa, que faleceu em 2013. Para recontar sua trajetória de sucesso, o historiador e crítico de arte João J. Spinelli reuniu informações inéditas sobre a vida e a obra desse pintor audacioso e irreverente no livro Gustavo Rosa – Alegria de Viver e Pintar, lançamento da Capella Editorial.
Nas primeiras páginas da publicação, Spinelli descreve Gustavo Rosa como um artista independente e que jamais se submeteu às determinações impostas pelo mercado de arte. Avesso às regras e aos modismos passageiros do mundo artístico, idealizou uma obra diferenciada, genuína, destacada pelos mais importantes críticos de arte do Brasil e do exterior.
O universo plástico de Gustavo Rosa apresenta uma semântica própria. O humor em sua obra é reflexo da liberdade de viver e criar do próprio artista, que acreditava que o burlesco era uma forma peculiar de relatar esteticamente as incongruências da vida, de instigar a percepção e de despertar a imaginação poética dos espectadores. A partir dos anos 1980, alcançou sucesso internacional, em especial a partir de 1994, quando lançou a grife Gustavo Rosa nos Estados Unidos, destacada pelo jornal The New York Times.
Infelizmente, seus últimos 14 anos de vida foram difíceis. Lutou contra um mieloma múltiplo, detectado em 1999, e, apesar de ter sido internado inúmeras vezes, jamais parou de criar imagens icônicas, características de sua produção artística. Pouco antes de morrer, Gustavo Rosa escreveu suas despedidas para serem postadas no Facebook: “Inquieto como sempre fui, resolvi flanar em outras plagas e parto no caminho da luz. Lá vou alçar voos que serão tão leves quanto os traços que risco em brancas telas, e tão vibrantes quanto as cores que transbordam da minha palheta”.
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